Diogo Pereira Fortes, de 34 anos, proprietário do veículo Honda City que atropelou e matou o universitário Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa, de 21 anos, pediu perdão aos familiares do rapaz e sustentou a versão de que ele não dirigia o carro no momento do
acidente. O atropelamento aconteceu na madrugada da última sexta-feira (2), em frente a uma distribuidora de bebidas, na Avenida Beira Rio, em Cuiabá.
O homem só foi ouvido nesta segunda-feira (5), quando se apresentou na Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), acompanhado de três advogados. Após ser ouvido ele foi liberado.
Diogo concedeu entrevista ao “Programa do POP” (TV Cidade Verde), nesta terça-feira (6) e admitiu que no horário do acidente ele deveria estar no trabalho, pois atua como vigilante em uma unidade do Centro de Atendimento ao Contribuinte (CIAC) da Prefeitura de Cuiabá.
Ele também contou que é casado e tem dois filhos. Sobre sua saída do posto de trabalho, o vigilante disse que saiu “apenas para fazer um lanche” e acabou encontrando com alguns amigos. No retorno, resolveu dar uma carona para a “amiga”, que mora nas proximidades da avenida Beira Rio, no bairro Dom Aquino. Relatou que por estar comendo, deixou a mulher dirigir seu veículo enquanto ele estaria no banco do passageiro.
Durante o trajeto aconteceu o acidente. Desde a primeira a versão, Diogo garante que não era ele o condutor do veículo. Também alega não ter percebido o atropelamento, apesar de ter notado uma colisão. Ele disse acreditar que o carro tivesse esbarrado em outro veículo e não em uma pessoa.
“Na hora da batida eu estava mordendo o lanche, e só escutei o impacto no meu rosto. Na hora já desci o lanche e comecei a olhar para trás, pra ver se tinha alguém na rua, mas não vi nada”, disse ao pedir perdão família do jovem.
Ainda com dúvidas sobre o que de fato teria acontecido, o homem disse que resolveu ligar para o 190 da Polícia Militar pedindo informações para saber se o veículo se envolveu em algum acidente. No outro dia, em uma motocicleta, ele foi até a distribuidora e ficou sabendo que um rapaz foi atropelado e arremessado na calçada.
CNH
Sobre a mulher, que segundo ele, conduzia o veículo, Diogo alegou não ter muito contato com ela, pois seria a segunda vez que esteve em sua companhia. Também disse não saber se ela é ou não habilitada para conduzir um veículo automotor, pois a Polícia Civil, por meio da Deletran, já constatou que ela não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
“No calor do momento não perguntei se ela tinha habilitação, e eu não tenho intimidade com ela para saber essa informação”, argumentou. Diogo afirmou na entrevista que só assumiu a direção do carro após o atropelamento. “Depois que notamos o acidente, paramos o carro e trocamos de lugar”, disse o proprietário.
Segundo o delegado José Carlos Damian, que está à frente do caso, a equipe aguarda que a mulher se apresente para prestar depoimento. Ela deverá ser autuada por homicídio culposo e, não será presa, pois saiu do flagrante e aguardará o inquérito em liberdade.
Fonte: Folhamax