Vídeo mostra o momento em que o delegado Francisco Kunze Júnior, do Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco), chega até a casa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), para notificá-lo da decisão que determinou seu afastamento. As autoridades foram recebidas pelo advogado Francisco Faiad, que patrocina a defesa de Pinheiro.
Determinação de afastamento partiu do desembargador Luiz Ferreira a pedido do Ministério Público de Mato Grosso. O órgão acusa o prefeito de chefiar uma organização criminosa voltada à ‘sangria’ dos cofres públicos por meio de esquemas na Saúde.
Além de Pinheiro, foram citados como membros da referida organização Gilmar de Souza Cardoso, ex-secretário-adjunto de Gestão na Saúde de Cuiabá, tido como articulador operacional, e os articuladores empresariais Célio Rodrigues e Milton Correa da Costa Neto, também ex-secretários da Pasta.
De acordo com o MP, as acusações advêm de trabalho investigativo que levou em consideração a prática de condutas similares identificadas ao longo de, pelo menos, 11 operações e inquéritos que dão conta de irregularidades na Saúde da Capital desde 2018, incluindo as operações ‘Sangria’, ‘Smartdog’ e ‘Overpay’. Relatório foi apresentado no dia 15 de fevereiro de 2024.
Ainda segundo o órgão ministerial, a gestão implementada por Emanuel Pinheiro “colapsou a saúde pública, ao ponto do atendimento à população chegar a níveis crônicos, com absoluta falta de médicos, medicamentos e todo tipo de materiais básicos necessários ao atendimento, o que levou à morte de inúmeros usuários do sistema municipal de saúde, além de ter deixado um rombo milionário correspondente a mais de 350 milhões de reais de débitos com fornecedores e com o não colhimento de impostos descontados dos servidores públicos, inclusive com a provável prática de ime de apropriação indébita previdenciária”
Além do afastamento, Emanuel Pinheiro está proibido de acessar as dependências do Palácio Alencastro, bem como de manter contato, por qualquer meio ou pessoa, com servidores e secretários municipais e só poderá deixar a Capital mediante autorização da Justiça.
Procurada pelo HNT, a Prefeitura de Cuiabá ainda não se manifestou e informou que irá emitir posicionamento em momento oportuno. (HNT)
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