Os vereadores de Poconé (103 km de Cuiabá) vão tentar a transposição do rio Cuiabá para acabar com o problema de desabastecimento de água que assola o município. A informação foi prestada ao HNT pelo presidente da Câmara de Vereadores, Itamar Lourenço (PSDB), que acrescentou que uma comitiva de parlamentares protocolou, no Palácio Paiaguás, o projeto com o pleito. Lourenço explicou que as obras são estimadas em R$ 45 milhões.
Conforme líder do Legislativo local, a água percorreria cerca de 40 km por meio de dutos até a zona urbana para uma estação de tratamento (ETA) e aos consumidores. O vereador destacou que a transposição é compreendida como a alternativa mais acertada depois que poços artesianos ligados ao rio Bento Gomes, principal manancial abastecedor da cidade, secarem.
A transposição seria uma sugestão da própria concessionária Águas de Poconé, responsável pela prestação do serviço de abastecimento há 16 anos na cidade. A empresa construiu o estudo e o apresentou ao Legislativo e Executivo municipais. A matéria ainda não foi absorvida como projeto de lei e não passou por votação no plenário. Porém, é defendida por parte dos vereadores, que chegaram a dialogar com deputados estaduais e agora pedem a atenção do governo de Mato Grosso para a pauta.
“Esse é um estudo que a própria empresa que recebeu a concessão do município, juntamente com outros órgãos competentes, realizou para apresentar junto ao Legislativo e Executivo uma alternativa para que pudéssemos não estar mais sofrendo com a falta de água no município, uma vez que perfuraram poços a mais de 90 metros (no rio Bento Gomes) e não conseguiram encontrar água”, explicou Itamar Lourenço com exclusividade ao HiperNotícias.
A discussão da obra esbarra no fim do contrato com a concessionária, que vence em junho deste ano. O vereador não poupou críticas à empresa e ao prefeito Tatá Amaral (União Brasil), que, conforme ele, ficam “inertes” diante da situação, assistindo o problema da falta de água se agravar. Segundo Itamar, o caso só foi ganhando força entre 2021 e 2023, sendo o último ano o mais difícil para os poconeanos.
“Essa concessionária adentrou no município em 2008 através de processo licitatório, dando a permanência de até 16 anos dentro do município e esse prazo findará em junho. Agora, compete ao Executivo se irão continuar ou não. Vemos uma total inércia por não priorizar de ambas as partes. Estamos nesse aguardo de uma dessas alternativas para que não venhamos começar a sofrer em 2024, o que já passamos em 2021, 2022 e 2023”, declarou Lourenço a reportagem.
OUTRO LADO
O HNT ligou para o prefeito Tatá Amaral, não foi atendido e deixou mensagem, porém, não obtivemos retorno. A concessionária também foi procurada por e-mail, mas não fomos respondidos até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto. (HNT)