Partido de Joelson Fernandes, Solidariedade faz parte da coligação que apoia a reeleição do prefeito
Opositor ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara de Cuiabá, o vereador Joelson Fernandes (Solidariedade), declarou que vai pedir a liberação do partido para apoiar outro candidato nas eleições municipais. O partido do parlamentar integra a coligação que apoia a reeleição do emedebista à prefeitura de Cuiabá.
“Vou fazer um pedido para que o partido me libere, porque não tenho condições morais para apoiar essa pessoa [Emanuel Pinheiro]”, disparou ao demonstrar sua insatisfação com a aliança feita pelo partido.
Joelson atuou como membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pediu o afastamento do prefeito pelo episódio em que ele foi gravado recebendo maços de dinheiro no escritório do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Sílvio César Correa Araújo. Inclusive, ele foi autor do voto paralelo pedindo a abertura do processo de cassação do gestor, já que o relator da comissão, Toninho de Souza (PSDB), votou no sentido arquivar a representação sob alegação de que os fatos não tinham relação com mandato de prefeito de Emanuel.
O parlamentar lembrou ainda que foi processado pelo chefe do Alencastro porque fez o seu trabalho na CPI. Paralelo a isso, ele também responde uma ação por danos morais movida pelo irmão do prefeito, Marcos Polo Pinheiro.
Ambos pedem indenização de R$ 50 mil. “Eu recebi com muita tranquilidade, porque vindo do prefeito Emanuel Pinheiro a gente pode esperar qualquer coisa. Eu fiz apenas o meu trabalho naquele momento. Agora ele entra com essa ação por danos morais.”, complementou.
Em meio a saia-justa, Joelson, que também é candidato a reeleição na Câmara, garantiu que não vai cometer nenhuma incoerência política dentro do próprio partido e quer autonomia para seguir de forma “independente”. “Eu espero que meu partido entenda isso. Na pior das hipóteses, se o partido não entender que deve me liberar eu vou ficar quieto e focar apenas na minha campanha. Defende-lo não tem condições”, concluiu.
Fonte: Folhamax
