Vereador defende armas: “É direito fundamental, não obrigação”

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Paccola diz que acesso é facilitado para “pessoas de bem e capacitadas” e não de forma indiscriminada

O vereador por Cuiabá, tenente-coronel Marcos Pacolla (Cidadania), saiu em defesa do recente decreto federal que ampliou facilidades de compra e registro de armas no país, afirmando que se trata de um direito fundamental do cidadão à defesa pessoal, da família e do patrimônio.

Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, ele afirmou que as ações do presidente Jair Bolsonaro atendem às promessas de campanha feitas por ele em 2018 e que as pessoas precisam parar de relacionar a política do armamento com o aumento dos homicídios no Brasil.

“As pessoas confundem a liberação de acesso [a armas] às pessoas de bem com acesso indiscriminado às armas. Nós tivemos aqui, a contragosto de quem defende pauta contrária, um aumento de mais de 200% na procura no comércio legal de armas e uma redução história no índice de homicídios no Brasil”, afirmou.

“Neste ano restou comprovado que não tem relação alguma essa questão do aumento do número de armas legais com o aumento do número de homicídios”, completou.

De acordo com o vereador, Bolsonaro tem atuado na adequação, para que o acesso às armas seja feito de “maneira consciente, filtrada e por pessoas capazes psicologicamente e tecnicamente”.

“[Ele está atuando para] garantir aquilo que é direito fundamental, constitucional, que é a defesa pessoal, defesa da vida. Ninguém é obrigado a ter uma arma, mas o fato de você não querer ter uma arma não faz com que aquele que queria ter de maneira consciente não possa acessar para defender a sua família e o seu patrimônio”, defendeu.

Caso Isabele

Questionado se esse tipo de facilitação não pode ocorrer em tragédias como o caso da adolescente Isabele Ramos, de 14 anos, que foi morta com um tiro disparado por uma amiga dentro do Condomínio Alphaville, em Cuiabá, no ano passado, Paccola negou.

Ele ressaltou não ter participado de nenhuma perícia ou investigação do caso e que inclusive acredita na possibilidade de acidente – ainda que a menor acusada tenha sido condenada pelo crime – e defendeu que cabe à família impedir o acesso de crianças e adolescentes a armas de fogo.

“A responsabilidade é das pessoas que têm uma arma dentro de casa de não deixar com que crianças e adolescentes consigam acessar para fazer uso errôneo dela”, disse.

“A autorresponsabilidade da família tem que ser maior do que a responsabilidade do Poder Público de resolver todos os problemas”, completou.

Paccola ainda ressaltou que acidente com armas aparece em 10º lugar na lista de mortes infanto-juvenis com acidentes domésticos. Nas primeiras posições aparecem afogamentos, acidente com eletricidade, entre outros, segundo ele.

“Se for para proibir armas, tem que proibir piscinas, baldes dentro de casa, eletricidade. Vamos começar proibindo tudo aquilo que mais mata para depois proibir o que menos mata”, disse.

Com informações do Site MidiaNews