Vereador aponta organização criminosa e cobra demissão de chefe de gabinete e secretária adjunta

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Na sessão de ontem (quinta-feira), o vereador Dilemário Alencar (Podemos), leu na tribuna da Câmara Municipal, um oficio que protocolou ao prefeito de Cuiabá em exercício, José Roberto Stopa (PV), onde solicitou a imediata exoneração dos servidores Antônio Monreal Neto (Chefe de Gabinete do Prefeito) e da servidora Ivone de Souza (Secretária Adjunta de Governo e de Assuntos Estratégicos). Esses servidores foram nomeados pelo prefeito afastado pela justiça, Emanuel Pinheiro (MDB).

No ofício o parlamentar explicou ao prefeito interino, que no exercício do dever constitucional de fiscalizar os atos do Poder Executivo Municipal, verificou que os servidores, que estão sob investigação por participarem de organização criminosa que lesou o erário municipal, continuam recebendo salários e verbas indenizatórias. No último dia 31 de outubro, Antônio Neto e Ivone Souza, recebeu cada um, da prefeitura o valor de R$ 12.480,00.

A acusação que os citados servidores podem fazer parte de uma organização criminosa que agia na prefeitura foi narrada ao poder judiciário através da Medida Cautelar nº. 47.520/2021, de autoria do Ministério Público Estadual.

“Entendo, que o executivo municipal, ao manter Antônio Neto, que foi preso, e agora está usando tornozeleira eletrônica com a proibição de adentrar na sede da prefeitura, bem como Ivone Souza, fere o princípio da moralidade, pois tais pessoas não possuem mais condição moral para continuarem exercendo cargos em comissão de caráter de confiança nos quadros da prefeitura recebendo polpudos salários e mais verbas indenizatórias sem estarem trabalhando e sob forte suspeita de ter cometido crimes contra o erário público”, disse o vereador Dilemário.

O parlamentou lembrou que Ivone de Souza disse ao Ministério Público que quanto aos esquemas de corrupção na secretaria de saúde, ela agia a mando do prefeito ao levar ordens dele para os secretários que atuaram na secretaria de saúde, e que todo poder de decisão partia do prefeito, onde ela apenas realizava as comunicações aos secretários, que não tinham opção de negar as ordens de Emanuel.

“Muito estranho não demitirem esses dois servidores, passa a impressão que querem que eles fiquem em silêncio e não revelem mais nenhum mal feito do prefeito Emanuel Pinheiro. No oficio que encaminhei ao Stopa, eu o adverti que caso não promova as exonerações, ficará caracterizada anuência com os atos ilegais, podendo até responder medidas judiciais de reparação cabíveis”, pontuou o vereador Dilemário Alencar.