A identidade de Gilberto Rodrigues dos Anjos, 32 anos, como autor do assassinato de uma mãe e as três filhas, em Sorriso (420 km de Cuiabá), foi descoberta após os investigadores encontrarem uma ‘pegada’ deixada pelo bandido na cena do crime. As marcas do chinelo ficaram no piso manchado de sangue da residência, e uma comparação entre os sinais e o calçado feita pelos policiais confirmou ser ele o autor do crime, conforme revelou o delegado Bruno França, da Polícia Civil. (Veja o vídeo abaixo)
As vítimas são Cleci Calvi Cardoso, 46 anos; e suas filhas Miliani Calvi Cardoso, 19 anos; Manuela Calvi Cardoso, 13; Melissa Calvi Cardoso, 10 anos. A menina mais nova é a única que não foi estuprada. Ela foi asfixiada.
Conforme a Polícia Civil, os policiais faziam diligências com os trabalhadores da obra ao lado da casa, após descobrirem que o autor do crime invadiu o imóvel pela janela do banheiro. Gilberto trabalhava e dormia na obra, o que levantou as suspeitas.
Durante buscas nos pertences pessoais, o chinelo foi localizado. Ele teria uma falha, semelhante à pegada de sangue encontrada na casa onde aconteceu o crime. A perícia confirmou se tratar do mesmo calçado marcado no piso.
Na checagem dos dados pessoais, a equipe policial apurou que contra ele havia dois mandados de prisão em aberto, um pela Comarca de Lucas do Rio Verde por crime sexual, e outro pela Comarca de Mineiros, em Goiás, pelo crime de latrocínio.
Após ser questionado novamente, o assassino confessou ter cometido os quatro homicídios. Em interrogatório na delegacia, ele disse que que após usar drogas, invadiu a residência das vítimas, pela janela do banheiro, com a intenção de roubar, na noite de sexta-feira.
Ao ser confrontado por Cleci Cardoso, os dois entraram em confronto e o criminoso pegou uma faca e atacou a mãe. Neste momento, uma das filhas, Miliane, saiu do quarto para socorrer a mãe e também foi atacada. Na sequência, ele confessou que assassinou as outras duas vítimas, ambas menores de idade.
Depois de matar a família, ele contou que saiu da casa pela mesma janela por onde entrou e voltou para a obra, onde retirou as roupas sujas de sangue e guardou em um contêiner. A Polícia Civil localizou as roupas e encaminhou para a perícia. Na sacola também estavam calcinhas das vítimas.
Após depoimento, Gilberto foi transferido para uma unidade prisional na cidade de Sinop (500 km de Cuiabá), porque a população tentou invadir a delegacia para matá-lo. (HNT)