Com base em matérias noticiadas pelo HNT nos últimos 60 dias, as forças de segurança pública, principalmente o Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreenderam mais de duas toneladas de entorpecentes nos municípios de Mato Grosso que fazem fronteira com outros estados ou país. Para o comandante do Gefron, tenente-coronel PM Manoel Bugalho Neto, isso se dá graças à união das forças policiais, que realizam grandes operações.
“O grande mérito que tivemos nesses últimos combates ao tráfico foi a união das forças policiais, sendo a Polícia Militar, a Polícia Civil, a PRF, a PF e até mesmo o Exército brasileiro. Isso, sem dúvidas, tem sido o fator determinante, pois desta forma, conseguimos ser fortes da mesma altura que os suspeitos, para que possamos realizar as apreensões de forma de segurança”, salientou o comandante.
O comandante ainda comentou que essas grandes apreensões em cidades de fronteira são tão comuns, por conta de o Brasil ser um grande polo de transporte de drogas para o mercado internacional, além do consumo interno.
“Em nosso continente, nós temos três grandes produtores de drogas de maneira geral, sendo o Peru, a Bolívia e a Colômbia. Mas, estes mercados não possuem mecanismos de realizar o tráfico internacional destes entorpecentes. Então, o Brasil acaba se tornando uma rota viável para levar este material, para então ser levado para outros lugares. Isso, sem contar, claro, o uso interno, que normalmente são pertencentes a facções criminosas”, completou o tenente.
O oficial ainda destacou a importância da retirada dessas drogas das mãos das facções criminosas, o que representa um grande golpe financeiro a essas organizações, deixando-as mais fracas, menos poderosas na região.
Por fim, o comandante falou da fundamental importância do investimento do governo estadual, que proporcionou para as forças policiais um equipamento melhor, que fortaleceu e muito as equipes, seja por armamento, veículos ou materiais de transporte.
RODOVIAS
Já o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Arthur Preza Nogueira, lembrou que as apreensões de entorpecentes são fundamentais para as forças policiais darem andamento a diversos casos de tráfico de drogas municipais, que podem resultar em grandes operações contra organizações criminosas.
“Seja uma apreensão pequena ou grande, todo material é encaminhado para Polícia Civil ou Polícia Federal. Eles são complementos fundamentais para investigações, principalmente contra organizações criminosas, e fornecem, em muitos casos, informações cruciais que geram prisões de seus proprietários”, destacou a autoridade policial.
Arthur ainda citou o lado negativo das apreensões, porque, indiretamente, representam um consumo maior por parte de usuários ou fomentação do mercado financeiro das organizações criminosas.
“Necessitamos de uma política pública para tratar a dependência química, porque se há tanta droga assim, há quem consuma. E isso gera outros crimes, em muitos casos, de menor poder ofensivo, mas vai gerar o furto e o roubo. Ou seja, este consumo excessivo, em muitos casos, é fonte de crimes que convivemos no dia a dia”, completou.
No último balanço divulgado de forma oficial entre os meses de janeiro e maio, as ações repressivas executadas pelo Gefron na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia, resultou na apreensão de 7,7 toneladas de drogas apreendias, sendo os principais entorpecentes pasta-base de cocaína e maconha. (HNT)