Em solenidade na Câmara Municipal de Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (1º), o prefeito da capital do estado, Abilio Brunini (PL) disse que será “um começo de gestão muito turbulento”. O antigo prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), deixou o cargo sem quitar os salários dos servidores municipais referentes ao mês de dezembro de 2024 e esta dívida agora será assumida por Abilio.
“Não sei como está o cofre, não sei como está o caixa, vou tomar posse aqui e aí é que eu vou ter acesso às senhas para saber como está a questão bancária da Prefeitura, como está a questão financeira. (…) Ainda não sei o que fazer, é a primeira vez que eu vejo isso em Cuiabá, um prefeito que não paga os salários dos servidores, de dezembro, e deixa para o próximo prefeito a responsabilidade de pagar”, disse Abilio.
A solenidade de posse dos 27 vereadores eleitos ocorre desde as 9h na Câmara Municipal, seguida pela eleição da nova Mesa Diretora às 11h. Às 13h, será a vez do prefeito eleito Abilio Brunini (PL) e a vice Coronel Vânia (Novo) assumirem seus postos, deixando para trás a gestão de Emanuel Pinheiro.
Por meio de nota publicada ontem (31) a Prefeitura de Cuiabá afirmou que aguardava um “adiantamento dos vencimentos”, o que acabou não acontecendo, e que os “salários dos servidores com vencimento de dezembro de 2024, poderão ser quitados a partir do dia 02/01/25”.
“É um fim de gestão terrível, deixando para o próprio servidor uma dívida, para a própria população uma cidade abandonada, então é lamentável que isso seja desse jeito. (…) O repasse que ele está esperando é o repasse provisionado de janeiro mesmo, esse repasse que ele está falando é o que é para vir em janeiro, ele estava pedindo antecipação, era isso que ele queria, que antecipasse o repasse de janeiro para que ele tivesse mais dinheiro em dezembro”, pontuou Abilio.
Apesar desta possível crise financeira no município, o novo prefeito afirmou que irá manter sua promessa de revogar a taxa do lixo. Além disso, destacou outras dívidas que a Prefeitura tem, que ele terá que resolver, mas garantiu que isso não mudará seu posicionamento.
“É importante também pontuar que tem diversas empresas na área da saúde que estão com repasses atrasados. Então, assim, é um começo de gestão muito turbulento, mas não justifica penalizar a população com a taxa do lixo do jeito que ela está”.
Fonte: Gazeta Digital
