Última elefanta em cativeiro da Argentina chega ao Brasil e vai residir no santuário de MT

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Uma área de mais de mil hectares na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, é o novo destino da elefanta Kenya, que cruzou a fronteira da Argentina com o Brasil nesta segunda-feira. Ela deverá se tornar, nos próximos dias, a mais nova moradora do Santuário de Elefantes Brasil (SEB).

Kenya era considerada o último elefante em cativeiro da Argentina. “Ela continua muito bem — expressiva, se alimentando bem — e tomou sua primeira água de coco, o que, basicamente, a torna oficialmente brasileira”, descreveu a equipe do SEB em uma publicação no Instagram.

Mesmo já em território brasileiro, Kenya ainda precisa passar pela imigração. Ela será escoltada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) até sua nova casa na Chapada. A equipe do santuário a recebeu com feno novo, frutas frescas, capim, folhas de palmeira, bambu e cana-de-açúcar.

Foto: Reprodução/O Globo

Uma longa jornada

Kenya chegou à Argentina em 1984, aos 4 anos de idade, e vivia no Ecoparque de Mendoza. Sua transferência para o Brasil foi planejada por sete anos, incluindo treinos comportamentais e avaliações veterinárias que garantissem a segurança da viagem.

Foto: Reprodução

Ela não está sozinha

Kenya se junta a outros residentes do santuário, incluindo:

  • Pupy, 35 anos, ex-hóspede de um zoológico em Buenos Aires. Ela chegou ao Brasil em abril e é descrita como “doce e pacífica”. Adora melancias e picolés de frutas.
  • Maia, cerca de 50 anos, sofreu maus-tratos em circos. Apesar da fama de “menina má”, revelou ter essência gentil e movimentos exuberantes. Ama interações com os cuidadores.
  • Rana, com 40 anos de circo nas costas, ficou conhecida como a “menina barulhenta” do santuário — é famosa pelas vocalizações intensas e entusiasmadas.
  • Mara, 58 anos, também ex-circense, é emocionalmente sensível, mas tenta se comunicar e cooperar com os humanos. Aos poucos, está entendendo que agora a vida é no ritmo dela.
  • Bambi, 60 anos, foi resgatada de um zoológico em Ribeirão Preto. Sua personalidade é comparada à de um filhote de cachorro — animada, encantada com as pequenas coisas da vida.
  • Guillermina (ou Guille), 25 anos, é considerada uma “criança mimada”. Criada de forma superprotetora pela mãe, ainda está aprendendo o comportamento típico dos elefantes.  (Com O Globo)