O governador Pedro Taques (PSDB) revelou que espera terminar ao menos um trecho do trajeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ainda em seu primeiro mandato, que se encerrará em 2018.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan Cuiabá, nesta semana, o tucano afirmou que a conclusão da obra é uma das promessas de campanha firmadas por ele e que será cumprida.
“Nós precisamos, sim, terminar o VLT. É um compromisso de campanha. Precisamos terminar dentro do nosso mandato. Ao menos uma parte do VLT, eu quero concluir. Estamos trabalhando para que isso ocorra”, disse ele, sem definir qual seria o trecho.
Entretanto, o governador voltou a dizer que isso será possível somente com a ajuda do Governo Federal. Ele espera um aporte de, pelo menos, R$ 600 milhões.
“Nós precisamos terminar o VLT, mas o consórcio, em um momento, pediu R$ 800 milhões; em outro, R$ 1 bilhão, para terminar a obra. Se o Estado tivesse R$ 800 milhões, nós não terminaríamos o VLT com esse dinheiro, porque tenho outros investimentos a serem feitos”, afirmou.
“Desses R$ 800 milhões, temos R$ 200 milhões de operações de créditos aprovadas, outros R$ 600 milhões fomos buscar junto ao Governo Federal. Fomos ao ministro Bruno Araújo para que esse dinheiro fosse enviado a Mato Grosso. Agora, vivemos crise econômica, segundo aqueles que entendem, a maior crise econômica da história do Brasil”, disse o governador.
Irresponsabilidade
Ainda durante a entrevista, Taques voltou a apontar erros deixados pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Para ele, a obra foi uma grande “irresponsabilidade” da gestão passada.
“A consultoria da KPMG descobriu algumas coisas absurdas. Por exemplo, compraram 40 vagões. Mas só precisaremos desse número de vagões daqui a 30 anos. Foram R$ 150 milhões gastos de forma errada. Com esse dinheiro, daria para construir dois hospitais regionais”, afirmou.
“E onde estávamos que não vimos isso? Onde estavam os órgãos fiscalizadores, que não viram isso? Onde a imprensa estava que não viu isso? Fui o único senador que criticou isso. Então, o VLT foi uma grande irresponsabilidade daqueles que estavam governando o Estado, na administração passada. Mas, vamos terminar a obra do VLT”, completou.
O VLT
O modal de transporte público deveria ter sido entregue em junho de 2014, antes mesmo do início da Copa do Mundo em Cuiabá.
Entretanto, os sucessivos atrasos levaram a gestão anterior a fazer um aditivo prevendo o término para 31 de dezembro do mesmo ano. Porém, as obras foram paralisadas antes desse prazo.
A atual gestão discute a questão na Justiça, uma vez que o consórcio construtor cobra pelo menos mais R$ 800 milhões para a finalização da obra.
O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda., venceu a licitação realizada em junho de 2012, na modalidade do Regime Diferenciado de Contratação (RDC).
Fonte: Jovem Pan