O senador Jayme Campos (União) e o ex-governador Pedro Taques (sem partido) estiveram reunidos para discutir a conjuntura eleitoral de Mato Grosso e uma possível aliança para a eleição do próximo ano.
Do mesmo partido do governador Mauro Mendes, Jayme reagiu ao fato do chefe do Executivo ter anunciado o seu apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao governo de Mato Grosso. Soma-se ao fato a possibilidade de Mendes se manter aliado do PL numa dobradinha para disputar o Senado.
A Gazeta apurou que durante a conversa, Taques e Jayme chegaram a um entendimento de que é possível construir um palanque de centro, aglutinado partidos de centro-esquerda e centro-direita, apresentando como alternativa ao grupo hegemônico do governador e ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O encontro ocorreu dias após o senador e algumas lideranças de sua ala do União participarem de um evento envolvendo do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), no lançamento da obra da Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Baixada Cuiabana.
A reportagem apurou ainda que o ex-governador Pedro Taques se colocou à disposição para ajudar a construir um projeto alternativo ao grupo atual, inclusive, colocando o próprio nome para uma eventual candidatura majoritária.
Com isso, não se descarta Jayme disputar o governo e o Taques o Senado, cargo que deixou com boa avaliação.
Nomes e fatores
A discussão também passa pela movimentação de 3 nomes que buscam a majoritária no ano que vem: Janaina Riva, Carlos Fávaro e o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos).
A primeira dúvida é saber se a deputada Janaina Riva manterá sua candidatura ao Senado tendo o sogro, senador Wellington Fagundes como candidato ao governo.
Na avaliação de alguns, isso poderia impedir algumas alianças. Outro fator é Carlos Fávaro. Isso porque o ministro tem resistência do setor do agro, o que poderá lhe trazer desgaste nas eleições no Estado.
A dúvida é saber se Fávaro conseguirá diminuir essa resistência até o ano que vem, o que passaria por uma melhoria de aprovação do governo Lula. ‘Ninguém quer carregar esse ônus de desgaste’, disse um interlocutor que tem participado dessas reuniões”. (Fonte: Gazeta Digital)