A Polícia Civil de Mato Grosso transferiu neste sábado (23) para Cuiabá as três pessoas presas suspeitas de participar do homicídio do advogado Roberto Zampieri ocorrido no início deste mês. Os investigados tiveram os mandados de prisão cumpridos em duas cidades de Minas Gerais, com apoio da Polícia Civil daquele estado, e estão sendo transportados em aeronaves do Centro Integrado de Operações Aéreas da Segurança Pública (Ciopaer). A chegada está prevista para o início da tarde no hangar do Governo do Estado, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
Os três presos serão escoltados por equipes da Polícia Civil até a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para os registros necessários na investigação e requisição de exames de corpo de delito.
Após os exames, o atirador Antônio Gomes da Silva e o suspeito de ter contratado o assassino serão encaminhados à Penitenciária Central do Estado. Já Maria Angélica Caixeta Gontijo, suspeita de encomendar a morte do advogado, será encaminhada para a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, ambas em Cuiabá.
Prisões
Maria Angélica Caixeta Gontijo, apontada nas investigações da DHPP como a mandante do homicídio de Zampieri, foi presa na quarta-feira (20), na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro, por uma equipe da Polícia Civil de Mato Grosso, com apoio da delegacia do município. Encaminhada à delegacia de Patos de Minas, ela foi interrogada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque e negou que tivesse encomendado o assassinato do advogado.
O executor do crime, Antônio Gomes da Silva, foi preso também na quarta-feira, na capital de Minas Gerais, com apoio do Departamento Estadual de Homicídios em Belo Horizonte. O atirador foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, e encaminhado à capital, onde foi interrogado pelo delegado Edison Pick, da DHPP de Cuiabá.
Na sexta-feira (22), também com apoio do DHPP da Polícia Civil de Minas Gerais, foi cumprido o mandado de prisão contra o terceiro envolvido na morte do advogado, apontado como o provável intermediador do crime, responsável por contratar o serviço e entregar a arma de fogo ao executor.
As investigações da Delegacia de Homicídios de Cuiabá apontaram que, após contratar o executor pelo valor de R$ 40 mil, o intermediário despachou uma pistola calibre 9 mm, registrada em seu nome, para Cuiabá, no dia 5 de dezembro, a mesma data em que ocorreu o crime. O encontro entre o intermediador e o executor para entrega da arma ocorreu em um hotel, onde os dois ficaram hospedados na capital mato-grossense.
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na Capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.
Veja vídeo:
Suspeitos de assassinar Roberto Zampieri são transferidos para Cuiabá pic.twitter.com/4au3CGWDtd
— Leiagora Portal de Notícias (@leiagorabr) December 23, 2023