Suspeito de corrupção, vereador de Cuiabá não teme prisão e vê afastamento como desproporcional

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Investigado por suposta corrupção no âmbito da Operação Perfídia, deflagrada nesta terça-feira (29), pela Polícia Civil, o vereador Chico 2000 (PL) disse não temer prisão. Ele foi alvo
de busca e apreensão nesta manhã. A ação apura suposto pedido de propina feito por Chico e pelo Sargento Joelson (PSB), para aprovar matéria legislativa que possibilitou o
recebimento de pagamentos devidos pelo município à empresa HB20 construções, responsável pelas obras do Contorno Leste.

“Eu só temo a Deus e a mais ninguém. Quem não deve não teme”, disse Chico, em coletiva
de imprensa. Ele também negou ter relação próxima com Joelson, outro alvo da operação. Lembrou, inclusive, que o par sequer votou nele para a presidência do Legislativo Cuiabano.

O ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá afirmou que não interferia nas decisões do Executivo da Capital, que na época era comandado por Emanuel Pinheiro (MDB).

Além de ser alvo de busca e apreensão, Chico e Joelson também foram afastados do cargo e proibidos de entrarem na Casa Legislativa. Chico, por sua vez, enxergou a medida como
desproporcional.

“Se tiverem acesso ao documento verão que é desproporcional. No entanto, eu quero deixar claro que decisão judicial a gente discute no Judiciário, até que essa discussão seja feita temos que cumpri-la e eu vou cumprir. Mas, tem que provar, falar é só abrir a boca e falar”, concluiu. (HNT)