Suspeita de filmar decapitação de jovem usa nome fake e foi presa por dançar nua

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A suspeita de participação na execução do jovem Gediano Silva, de 19 anos, não usa o nome que consta na sua certidão de nascimento e identidade. Conhecida como “princesinha macabra” no mundo do crime em Lucas do Rio Verde (a 354 km de Cuiabá) e Emanuely Souza nas redes sociais, a jovem se chama realmente Nithiely Catarina Day Souza, de 19 anos. Ela dizia ter 22 anos com o nome fake.

Nithiely foi presa pela possível participação no homicídio do rapaz, nesta quarta (3), horas depois de debochar das forças policiais no Instagram.

Mas esta não foi a primeira prisão dela. Em maio de 2021, ela foi flagrada dançando nua com uma amiga em frente a uma boate do município vizinho, Sorriso. Populares que passavam pelo local chegaram a gravar a cena e acionar a Polícia Militar, foi presa e respondeu a um Termo Circunstanciado (TCO) por ato obsceno.
A suspeita, que na época tinha 18 anos, alegou aos militares que estavam na rua, quando dois homens em um caminhão e Nithiely acreditou que eram clientes. Ela começou então a dançar nua na rua. Em outubro de 2021 foi condenada junto com a amiga a pagar R$ 550, sendo que o valor poderia ser parcelado em até cinco vezes, mas não foi quitado até o momento.

Além da prisão pela suposta participação no homicídio de Gediano, Nithiely também foi presa em flagrante por tráfico de drogas. Isso por que ela estava com drogas em uma casa, em Lucas do Rio Verde, utilizada como ponto de tráfico de drogas. Ela também tinha um mandado de prisão pelo homicídio.

De acordo com o delegado Marcello Henrique Maidame, que conduz a investigação da morte de Geidano, a suspeita vai passar por interrogatório com a presença do advogado na tarde desta quinta (3). Ela negou o crime ao ser presa, mas confessou ser integrante da facção Comando Vermelho. Ocupa a função de disciplina, que dá a ordem de execução e cobrança de dívidas dentro da facção.

Nas redes sociais, a jovem também ostentava pedaços grandes de maconha, dinheiro e joias.

A autoridade diz ao RD News que, com base nas tatuagens que aparece no vídeo vazado da execução de Gediano, “já está provadíssimo” que Nithiely foi a autora da gravação em vídeo da ação brutal, onde aparece golpeando a vítima no pescoço e pede ainda para decapitar o jovem.

Antes da prisão, Nithiely havia debochado das forças policiais, após ser perguntada se não tinha medo de ser presa. “Olha a minha cara de preocupação”, respondeu. “Poucas horas depois, nossos investigadores da inteligência descobriram que ela estava nessa casa na periferia de Lucas. A Polícia Civil junto com a Polícia Militar deu a resposta”, diz o delegado.

Veja vídeo do momento da prisão

Além de Nithiely, um rapaz de 21 anos também foi preso pela suposta participação no brutal homicídio de Gediano, menos de 24 horas depois do crime. Ele era o proprietário de um Gol prata que foi usado na execução e visto por populares sendo de onde a cabeça do jovem foi jogada na área central da cidade. Outras três pessoas envolvidas já foram identificadas, mas eles ainda não foram presas.

Depois do interrogatório, Nithiely vai passar por audiência de custódia e, caso tenha prisão mantida pelo juiz, será encaminhada para presídio. O delegado continua a concluir o inquérito e prender o restante do grupo que participou da execução de Gediano. A suspeita só vai ser processada e julgada após a conclusão da investigação e oferta de denúncia pelo Ministério Público.

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Emanuely Sousa, de 22 anos - crime em Lucas do Rio Verde

Homicídio de Gediano

Gediano foi morto, em Lucas do Rio Verde (a 354 km de Cuiabá), provavelmente na terça (24). Após ser decapitado, os criminosos enrolaram a cabeça da vítima em um saco de lixo e descartaram na avenida Goiás, do bairro Veneza. Na manhã do dia seguinte (25), o restante do corpo foi encontrado no rio Piranhas.

Cabeça de Gediano foi encontrado por populares, por volta das 20h, da última terça. A mãe da vítima foi ao local e reconheceu o filho. Ela ainda contou aos policiais que dias antes, Gediano tinha dito que iria vender um aparelho celular para pagar uma dívida com traficantes.

Por volta das 9h do dia seguinte, a PM foi informada que o restante do corpo de Gediano foi achado com as mãos amarradas. Às margens do rio havia uma poça de sangue. De acordo com a PM, o rapaz possui passagens criminais, contudo, não foi informado por quais crimes. A Polícia Civil investiga o caso.

As investigações conduzidas pelo delegado Maidame apontam que Gediano, que também faz parte da facção Comando Vermelho, estava vendendo drogas sem a autorização da organização. “A facção determina que os usuários ou fornecedores não autorizam quem não seja avalizado por eles. Só pode ser eles quem vende”, diz o delegado.

Fonte: RD News