Subiu para 10 o número de mortes em decorrência da dengue em Mato Grosso. A informação consta no mais recente boletim epidemiológico (9) disponibilizado pela Secretaria Estado de Saúde.
No boletim anterior, a SES-MT confirmava seis óbitos em decorrência da doença. Em todo o ano de 2022, foram 17 mortes confirmadas.
Conforme o órgão, o informe tem como objetivo descrever o cenário epidemiológico das arboviroses urbanas, sendo elas, a dengue, chikungunya e zika, enfermidades causadas pelo mosquito Aedes aegypti.
A medida visa ainda a orientar as ações de vigilância, prevenção e controle, subsidiando a tomada de decisão nos diversos níveis de gestão.
Com dados atualizados até o último dia 19 deste mês, o Estado tem 21.230 casos prováveis, que se referem a todas notificações, excluindo-se os descartados.
Esse número representa uma queda de 25%, se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram diagnosticados 28.289 casos.
Porém, corresponde a uma incidência estadual de 595,1 a cada 100 mil habitantes, o que deixa Mato Grosso com a classificação de alto risco de contaminação por dengue.
Dos 141 municípios mato-grossenses, 76 têm alto risco para a dengue.
Com essa categorização, encontram-se Tangará da Serra, com 754 casos e incidência de 700,5/100 mil, e Rondonópolis, com 1.557 registros e taxa de 649,8/100 mil.
Cuiabá e Várzea Grande apresentam risco médio, com 1.076 e 716 casos, respectivamente, até o momento.
Quanto aos óbitos confirmados em decorrência da dengue, Juína, Primavera do Leste e Rondonópolis registraram duas vítimas fatais e os demais foram em Colíder, Diamantino, Marcelândia e Nova Santa Helena.
Os investigados são em Colniza, Cuiabá, General Carneiro, Nova Xavantina, Poxoréo e Primavera do Leste.
Em relação à zika e a chikungunya, o Estado apresenta risco baixo, com 438 e 235 casos, respectivamente, contabilizados no mesmo período deste ano.
VACINA – Uma nova vacina contra a dengue está disponível, a partir desta semana, segundo a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC).
A Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma, é o primeiro imunizante liberado no país para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue.
Neste primeiro momento, a Qdenga será aplicada apenas na rede privada, como clínicas, laboratórios e farmácias.
O valor de cada dose deve ficar entre R$ 301,27 e R$ 402,05, segundo preço tabelado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
O registro da Qdenga foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em março deste ano.
De acordo com a Anvisa, a Qdenga é indicada para a faixa etária de 4 a 60 anos e aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.
Fonte: Diário de Cuiabá