Pais e estudantes do Colégio Maxi, no Quilombo, em Cuiabá, estão apreensivos com o retorno da então ex-aluna B.C. à instituição de ensino. Cartazes contra a matrícula da menina para o segundo semestre do ano letivo já são vistos na escola, bem como a movimentação contrária nas redes sociais. B.C. foi apreendida por matar a melhor amiga, Isabele Ramos, em 2020, com um tiro no rosto.
Desde a segunda-feira (25), data que marcou o retorno das aulas para os estudantes do Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio, já era possível ver protestos, ainda que isolados, contra o retorno da menor. “Lugar de assassina é na cadeia, não na escola”, diz um dos cartazes.
Conforme apurado pelo Gazeta Digital, a direção da escola não pode negar a matrícula da aluna – tendo com base o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Mas, teria alertado aos pais da atiradora sobre uma possível ‘retaliação’ por parte dos estudantes. Ainda assim o casal Marcelo e Gaby Cestari insiste na matrícula.
“B. vai voltar para a escola. E eles não podem impedir ela. Mas, nós podemos com a ajuda de cada uma de vocês”, diz trecho de uma das mensagens que já circula em uma página de homenagens a Isabele.
Reprodução/Instagram
Desde o dia do crime, em 12 de julho de 2020, a menor chegou a assistir aulas online, por conta da pandemia. Mas, essa seria a primeira vez que ela retorna ao colégio presencialmente. Reportagem procurou a direção do Maxi, mas sem sucesso. Por meio da assessoria de imprensa, foi informado que ‘a escola não vai se pronunciar no momento’.
Solta
Em 8 de junho, poucos dias antes de completar dois anos do crime , o Tribunal de Justiça determinou a soltura de B.C., que estava internada na ala feminina do Pomeri. Na mesma decisão, o crime passou a ser de homicídio culposo e não doloso.
Desde então, a menina já foi flagrada em um salão de beleza em São Paulo, o que causou revolta nos amigos e familiares de Isabele, que ainda tentam reverter a decisão judicial.
Fonte: Gazeta Digital