Sintep não descarta greve caso o Estado volte com aulas presenciais

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valdeir Pereira, afirmou que há uma grande possibilidade de ser iniciada uma greve por parte dos profissionais da Educação caso o governo do Estado insista em retornar com as aulas presenciais ou no sistema híbrido.

“Ano passado tivemos uma Assembleia com a categoria e eles votaram para que qualquer sinalização do governo em retornar as aulas sem vacinação, iremos parar as atividades por tempo indeterminado”, disse em entrevista ao Jornal do Meio Dia nesta terça-feira 12/01/2021.

Segundo Pereira, a única segurança para os trabalhadores nas unidades escolares será a chegada da vacina.

“Nós temos uma definição exigente de que qualquer possibilidade de retorno as aulas é apenas quando tivermos a vacina. É a única segurança que nós temos. Como no Brasil já está avançado o protocolo para a liberação, a gente aguarda que o governo se organize o mais rápido possível para ter essa vacinação massiva, incluído os trabalhadores da educação e os alunos”, explicou.

O presidente ainda enfatizou que o governo não investiu de fato na escolas da Rede Estadual.

“Não tem estrutura suficiente para garantir o retorno seguro, porque durante esse período que nós tivemos na pandemia os investimentos na estrutura da unidades escolares foi insignificante. O que o Estado fala de máscara e álcool em gel, a população já convive com isso no dia-a-dia, mas mesmo assim estamos percebendo que tem aumentado os casos”.

Valdeir também chamou atenção para o fato que serão muitos estudantes dependendo de transporte.

“Quando falamos das retomadas das aulas não falamos apenas para os 380 mil estudantes da Rede Estadual, envolve mais 400 mil estudante do município, e desses um número significativo utilizam de transporte escolar como meio. Em cidades como Cuiabá usam o próprio transporte público”, explanou.

Por fim, o educador frisou que parte dos profissionais das escolas são do grupo de risco. “Muitos profissionais da Educação fazem parte do grupo de risco, como que irá fazer uma contratação emergencial de um número grande de trabalhadores quando você o Estado na contramão”. (Com informações do Site Gazeta Digital)