O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de MT (Sinpol-MT), Gláucio de Abreu Castañon, comentou na tarde desta quinta-feira (17), o pedido de investigação que o Ministério Público Estadual (MP-MT) fez à Corregedoria da Polícia Civil para apurar se policiais deram tapas no assassino Lucas Ferreira de Souza. Ele é um dos que mataram de forma bárbara três motoristas de aplicativo em Várzea Grande, na semana passada.
“O Sindicato dos Policiais Civis expressa seu mais profundo pesar às famílias das vítimas e lamenta profundamente o fato de o Brasil ter chegado a tal ponto. Não culpamos o Ministério Público por cumprir seu dever, mas convocamos a sociedade e o legislativo federal à uma reflexão: É isso que realmente queremos? É isso que realmente defendemos?”, disse o presidente do Sinpol.
Para ele, está havendo claramente uma inversão de valores, já que os policiais podem ter que incorrer em gastos elevados com advogados para responder processo administrativo e, ao final, caso não se comprove a denúncia, nada será feito contra Lucas por uma falsa imputação de crime.
“O cidadão comum concorda com o fato de um psicopata ao ser preso acusar quem o prendeu de maus tratos, agressão, tortura etc, e o policial ter que pagar advogado, responder processo criminal e administrativo, correr o risco de ser preso e perder o emprego, sendo que ao final caso seja absolvido, não aconteça nada com o marginal que fez a denúncia? O dia em que a polícia desistir não haverá mais barreiras entre o marginal e o cidadão de bem”, pontuou.
Fonte: PNB