O secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, afirmou que as conversas sobre o traçado do BRT (ônibus de trânsito rápido) em Cuiabá deverão ocorrer com o futuro prefeito da Capital, que será eleito em outubro de 2024.
É que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) tem tentado a todo custo barrar quando a implementação do novo modal na Grande Cuiabá.
O último descontentamento público foi quanto ao projeto que prevê que o modal deve subir a Avenida Getúlio Vargas, fazer o contorno na Praça 8 de Abril (do Choppão) e descer a Avenida Isaac Povoas. Para Emanuel, a implantação do BRT nesse trecho atrapalharia o transporte público que já existe.
O secretário de Infraestrutura afirmou que o Governo está cansado de “ouvir ladainhas” e que é preciso priorizar a necessidade da população que usa o transporte público em Cuiabá.
“Temos que pensar que a população terá paradas de ônibus melhores. Temos que pensar que podemos ter linhas expressas e que quem usa o transporte coletivo é que vai estar aclamando essa melhoria. Não podemos ficar aqui à mercê de conversinha fiada”, disse.
“A eleição é daqui um ano e a gente vai conversar com o novo prefeito. Essa história de ‘eu não vou deixar’, não existe. Isso é fora de cabimento”, emendou.
“VLT enterrado”
O secretário afirmou que a implantação do antigo modal, o Veículo leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande foi “enterrado” pela gestão Mauro Mendes (União) por conta dos escândalos de corrupção que envolveram o modal.
O ex-governador Silval Barbosa em colaboração premiada confessou o esquema.
“Eu não gosto de falar nisso, mas vamos retroceder: o VLT foi enterrado, porque houve corrupção, foi delatado. Todo mundo sabe do esquema. E temos que melhorar o transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande”, classificou.
“A região metropolitana conta com mais de 1 milhão de habitante e fica nessa de ‘não deixar’. Quem sofre são as pessoas que precisam do transporte coletivo”, emendou.
As obras para retirada dos trilhos do VLT e início da implantação do BRT foram iniciadas desde o início do ano em Várzea Grande. Na Capital, as obras ainda não começaram.
Fonte: Midianews