O Sindicato da Polícia Penal (Sindispen) de Mato Grosso, votou pelo estado de greve a partir desta quarta-feira (8) em todo estado. A categoria luta é pela equiparação salarial com outras carreiras da segurança pública e melhoria salarial do servidor que atua diariamente com risco em penitenciárias e cadeias de todo estado.
A votação e aclamação da Assembleia Geral da categoria aconteceu nesta quarta-feira (8), NA Avenida do CPA, no Monumento Ulisses Guimarães, próximo ao Palácio Paiaguás. Os presentes deflagraram a greve e esperam um acordo com o governador Mauro Mendes ou com algum representante da Secretaria de Planejamento (Seplag) e Secretaria de Fazenda (Sefaz).
O deputado estadual João Batista (Pros), que é policial penal e já foi presidente do Sindispen, confirmou que a categoria está muito insatisfeita com a questão salarial e agora resolveu aclamar a greve. “Houve sim a manifestação nesta quarta. Paramos todos para ouvir e explanar as condições e a categoria desenvolveu pela greve, aguardando inclusive uma conversa com alguém do Executivo”, comentou o parlamentar.
Um representante da categoria durante seu discurso chegou a citar alguns exemplos que precisam ser equiparados. “Hoje há funcionários que trabalham nas unidades, mas fazem escalas de 40 horas semanais no sistema penitenciário, por exemplo, e ganham mais que o dobro do policial que está presente em escolta, procedimentos de carceragem, faz treinamento de alto risco e ganham menos da metade. O que a categoria quer é valorização. O salário inicial do policial penal é de R$ 3.100, da PM é R$ 4.900 e Polícia Civil é R$ 5.900. Isso precisa ser equiparado”, disse.
Segundo o policial, durante a reunião o secretário de Planejamento e Gestão Basílio Bezerra entrou em contato por telefone e ofereceu 14,23% de reajuste, com R$ 450 de vale refeição e RGA. A categoria, no entanto, recebeu a fala como uma ofensa. O salário, atualmente, começa em R$ 3.150,05, e o teto é de R$ 11.473,47. O desejo dos policiais penais é que ele seja equiparado ao dos outros profissionais de nível superior que trabalham no sistema prisional.
Veja vídeos do momento em que a greve foi deflagrada: