Os consumidores mato-grossenses acostumados com alto luxo precisam ir a São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba ou Miami (EUA). Nestas cidades, há shoppings que oferecem diferencial para os “endinheirados”. Em Cuiabá, isso ainda não acontece, mas a inauguração do shopping Estação tende a mudar essa realidade e começar a criar uma nova perspectiva de consumo para a Capital.
Para o economista Vivaldo Lopes, a abertura do Shopping Estação poderá colaborar para que Cuiabá comece a ser um pequeno pólo do consumo de alto padrão. O especialista denota que essa hipótese se apresenta com a proposta do shopping em trazer novas marcas, como Outback e Tok&Stok, e que deverão abrir caminho para que outras marcas importantes cheguem à Capital mato-grossense.
A perspectiva apresentada pelo economista vai de encontro com a ansiedade de muitos empreendedores que temem a redução de público no Goiabeiras, Pantanal, Três Américas e Várzea Grande, o que poderia de alguma forma “engolir” alguns desses empreendimentos.
Vivaldo avalia que, em Cuiabá, não existe ainda uma classificação bem definida de público para cada shopping. “O que tem acontecido é que cada shopping atende de forma bem definida o público que mora, trabalha ou estuda nos arredores. Dessa forma, os públicos das classes A, B e C frequentam os mesmos shoppins, mas os da A que consomem alto padrão vão para fora consumir produtos e serviços diferenciados”.
Para garantir que todos os lojistas estejam aptos para atender o público no dia da inauguração, o Estação adiou mais uma vez a data em que abrirá as portas. Ao invés de 3 de setembro, como previsto desde o começo do ano, a nova data, ainda não divulgada será em outubro. Com mais 270 lojas, o Estação será o maior shopping em área bruta locável (ABL) com 47 mil metros quadrados e quase 5 mil empregos diretos e indiretos.
Em nota, a administração do shopping diz que já está com 98% das obras concluídas e com Auto de Vistoria emitido pelo Corpo de Bombeiros. “O adiamento foi definido pela brMalls, administradora do empreendimento, para atender à solicitação dos lojistas e garantir que todos consigam finalizar suas obras para que a população de Cuiabá possa desfrutar de um mix completo de lojas, serviços e entretenimento”.
Um dos problemas que gerou o adiamento foi a escassez de mão-de-obra especializada para dar acabamento nas lojas, especialmente franquias que têm grau elevado de exigência na padronização das franqueadas.
Fonte: RD News
