A Assembleia Geral virtual do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT, em plataforma virtual, definiu pela continuidade das aulas remotas, em home office, rechaçando a portaria nº 333 (aulas remotas, nas escolas) do governo. Os trabalhadores definiram que não retornarão às aulas presenciais, sem vacina e completa imunização dos profissionais, com as duas doses. A categoria deliberou por nova Assembleia Geral em 31 de maio, se necessário, com deflagração de greve, caso o governo insista no calendário de volta às atividades presenciais.
Neste momento, a maioria da categoria se posicionou pela continuidade das atividades remotas, com mobilizações de esclarecimento, antes de possível Assembleia Geral, dia 31, caso o governo utilize de procedimentos arbitrários. Com Conselho de Representantes marcado para os dias 5 e 6 de junho, em que avaliarão as ações, mobilizações e deliberações nos municípios, e Assembleia Geral para dia 7, data em que o Governo anunciou o retorno das aulas no modelo híbrido.
O posicionamento dos educadores para permanência das atividades remotas foi reafirmado diante do quadro de contaminação e mortes pela Covid-19 nas diferentes regiões do estado. A falta de infraestrutura, e até mesmo Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) nas escolas foram apontados como agravantes. “Álcool gel e máscara não são suficientes”, destacaram.
A volta às atividades presenciais nas escolas foi contestada de forma geral. Professores destacaram recente entrevista do secretário de de Saúde, Gilberto Figueiredo, que destacou que o Estado está diante de uma terceira onda da Covid-19, devido o aumento do contágio, novas cepas, e da maior circulação de pessoas.
Os profissionais lembraram que não pararam de trabalhar, mantendo inclusive uma agenda de atividades ainda mais exaustiva, com o atendimento online. Porém, é a forma mais segura para todos.
Destacaram a falta de condições das escolas, citaram falta de água em várias unidades, problemas de equipamentos danificados (caixa d’água, pias nos banheiros). Segundo afirmaram, a situação é inviável diante da pandemia.
A categoria pontuou as dificuldades e deficiências vivenciadas para atuar até mesmo de forma presencial e remota, como foi deliberado pela portaria nº 333/2021. Destacaram a incoerência da proposta de alternativa apresentada pelo governo de suspensão das atividades presenciais em caso de contágio ou maior risco. “O governo quer nos colocar no abate”, afirmaram.
O presidente reafirmou que os trabalhadores da educação não devem ir para as escolas, pois não é um ambiente seguro, e todos estarão sujeitos a se contaminarem. “Nossa orientação é pelo trabalho remoto, em casa, e que as escolas se mantenham fechadas. Contamos com a mobilização de cada um e cada uma na defesa da vida”, reafirmou o presidente do Sintep-MT, Valdeir.
Fonte: Folhamax