O senador Wellington Fagundes (PL) está à frente da articulação do partido para convencer o presidente Jair Bolsonaro a se filiar no PL. Inclusive, uma reunião ocorreu nessa quarta-feira (20) no apartamento do parlamentar mato-grossense.
A cúpula do Partido Liberal tenta atrair o chefe da República e até estaria disposta a ceder o controle dos diretórios regionais para o presidente. Com isso, Bolsonaro poderia influenciar na indicação de candidatos para as eleições de 2022.
Bolsonaro está sem partido desde 2019, quando deixou o PSL, após brigar com o presidente do partido, Luciano Bivar. Agora ele vem flertando com algumas siglas, dentre elas, o Patriota e até o PTB, mas quem parece estar na briga é o PP, partido no qual o chefe da Nação já foi filiado.
Porém, com a liberdade dada a Bolsonaro pelo PL para interferir no comando do partido nos estados e municípios, a sigla liberal acaba tendo mais chances na disputa.
Em Mato Grosso isso terá um peso importante, porque várias lideranças bolsonaristas aguardam a definição do presidente para definir por qual partido irá disputar a eleição. Principalmente, os deputados estaduais do PSL. Caso a filiação de Bolsonaro se concretize, o PL pode sofrer um inchaço no estado e a candidatura de Wellington para o Senado pode ganhar força na atração de apoio.
Por outro lado, complica o apoio incondicional de Bolsonaro ao deputado federal José Medeiros (Podemos), que já foi colocado como candidato do presidente para o Senado.
Por outro lado, o grupo pode acabar formando uma aliança de oposição ao próprio governador Mauro Mendes (DEM), tendo o próprio Medeiros como candidato ao governo, e Fagundes para o Senado, já que o grupo do democrata fechou apoio ao deputado federal Neri Geller (PP) para senador.