Onças-pintadas, cervos, jacarés, tuiuiús e outros animais nativos do Pantanal Norte foram flagrados por pesquisadores se alimentando e descansando em áreas que há poucas semanas estavam tomadas pelo fogo. Veja as imagens abaixo.
Conforme a analista ambiental do ICMBio e comandante do atendimento à fauna, Claudia Sacramento, as imagens mostram que, apesar do incêndio ter causado uma perturbação na rotina destes animais, a observação destas condições permite identificar que o comportamento não foi afetado de maneira significativa e permanente.
Os incêndios no Pantanal foram controlados após uma mobilização de combate entre Corpo de Bombeiros, ICMBio, Ibama, brigadistas de ongs e, principalmente, a chuva, que chegou nas regiões de difícil acesso no início desta semana.
Nos pontos que foram atingidos pelos incêndios, ainda é visível os tragos, como cinzas e os restos mortais dos animais que não conseguiram escapar das chamas. Agora, essas carcaças de animais são alimentos de aves de rapina e outros animais que comem carniça. Detritívoros, como formigas, ajudam a decompor a matéria orgânica em pedaços menores.
O Pantanal, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, teve mais de 1,2 milhão de hectares atingido pelos incêndios este ano, segundo levantamento do LASA/UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Apesar da redução nos focos de incêndio, equipes do ICMBio, Ibama, ongs e do Corpo de Bombeiros permanecem na região para um trabalho de vigilância do fogo que ameaça o Pantanal desde o mês passado, devido a presença de focos de calor.
Fonte: Primeira Página