O Governo do Estado ainda confia num acordo com o Bank of America que garantirá uma economia imediata de R$ 140 milhões. De acordo com o secretário de Fazenda, Rogerio Galo, ainda que remota, se efetivada a negociação o pagamento do salário dos servidores pode deixar de ser escalonado ainda neste 1º semestre. Conforme Galo, o banco deve sinalizar nos próximos 20 dias se aceita ou não postergar a dívida.
“Nós já fizemos a reserva dos R$ 140 milhões para pagar os U$ 37 milhões para o Banco Americano. Mas ainda há uma possibilidade, ainda que remota. A matriz do banco, que fica nos EUA, está avaliando um pedido que nós fizemos para postergar o pagamento dessa parcela para setembro. Nós conseguiríamos deixar de gastar R$ 140 milhões e teríamos esse recurso para fazer frente aos nossos fornecedores e também para puxar um pouquinho a folha para o retorno do dia 10. Nós temos um prazo de 20 dias para que isso aconteça”, disse o secretário, em entrevista ao programa Chamada Geral, da Rádio Mega FM, nesta terça-feira (12).
O acordo com o Bank of America foi firmado na gestão do ex-governador Silval Barbosa. A instituição, na época, comprou parte da dívida do Estado com a União, para aumentar a capacidade de endividamento de Mato Grosso e possibilitar a execução de obras, especialmente as voltadas para a Copa do Mundo de 2014.
“O contrato prevê que você pode usar por três vezes a cláusula que estabelece a possibilidade de pagamento em até 30 dias após o vencimento. Então, nós acionamos essa cláusula, deixamos de pagar, dado que há essa negociação. Ainda que remota, há possibilidade de que Mato Grosso consiga”, explicou o chefe da Fazenda.
Neste momento, o Governo de Mato Grosso tenta postergar o pagamento da parcela de U$ 37 milhões, que deve ser paga até o final deste mês, para setembro. Paralelo a isto, o Executivo tenta vender esta mesma dívida para o Banco Mundial, que passaria a ser credor do Estado e alongaria o prazo de pagamento por até 30 anos, estabelecendo o parcelamento mensal com uma taxa de 1,5% ao ano.
“Com o Banco Mundial já é certo. O que queremos fazer é, ao invés de só pegar a parcela a partir de setembro pra frente, o que daria 8 parcelas , nós pegaríamos 9 parcelas, incluindo aí essa de março. Esse é nosso pleito com o banco americano. E isso que ele está avaliando. Se nós tivermos uma resposta [do BofA sobre a postergação da dívida] nós vamos conseguir antecipar a regularização da folha. Do contrário, nós vamos chegar mais ou menos até junho já numa condição melhor, trazendo [o pagamento] eventualmente para duas datas apenas. E no segundo semestre, com certeza, a gente já tem condição de voltar para o dia 10. Esta é uma prioridade”, afirmou Rogério Gallo.
Fonte: Olhar Direto