O secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), Gilberto Figueiredo, acalmou a população mato-grossense sobre o surto de febre maculosa registrado em outros estados brasileiros. De acordo com ele, uma equipe da pasta já trabalha no monitoramento dos casos, preparando políticas preventivas para lidar com a doença.
A doença é transmitida principalmente pelo carrapato-estrela, encontrado com frequência em capivaras e cavalos. Mesmo com o grande número de capivaras em Mato Grosso, o secretário afirma que “ainda não há motivo para nenhuma preocupação maior”.
Figueiredo ressaltou, no entanto, que a secretaria está atenta aos números regionais. “Nossa equipe está se aprofundando no boletim epidemiológico regional, para que a gente possa fazer um diagnóstico melhor dos riscos que temos aqui. Provavelmente na próxima semana vamos divulgar isso mais tecnicamente”, afirmou, durante o Fórum de Governadores da Amazônia, realizado nesta sexta-feira (16).
A doença
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável, causada por bactérias do gênero Rickettsia que pode acometer humanos e outro animais. O carrapato-estrela é o hospedeiro da bactéria causadora da doença.
No Brasil, duas espécies de riquétsias estão associadas a doença. A Rickettsia rickettsii, que pode levar a um quadro potencialmente letal da febre maculosa e Rickettsia parkeri uma forma mais branda, registrada em ambientes de Mata Atlântica.
Até o momento, a forma letal da doença só foi registrada na região Sudeste do Brasil e no norte do estado do Paraná.
Para haver a transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas. Conforme consta nos informes da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde (BVS), não existe transmissão da doença de uma pessoa para outra.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, este ano, o país registrou 53 casos da doença, dos quais oito resultaram em óbitos. Todas as mortes ocorreram na região Sudeste, que apresentou 30 casos. Outra região que apresentou considerável número de casos foi o Sul, com 17.
A febre maculosa é mais comum entre os meses de junho e novembro, período em que predominam as formas jovens do carrapato, que são mais perigosos por serem difíceis de ser vistos.
Em média, a doença leva de sete 7 a 10 dias para se manifestar após a contaminação. Alguns sintomas podem ser: febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. A partir dos sintomas, o tratamento deve ser iniciado dentro de, no máximo, cinco dias.
Fonte: Repórter MT