O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo (União Brasil), afirmou que o comportamento da população mato-grossense no combate ao mosquito Aedes Aegypti, que transmite a dengue, zika e a chikungunya , é “alarmante”. Segundo ele, 80% dos focos criadouros do inseto estão dentro das casas das pessoas e nas caixas d’água e tem sido ineficiente as ações de combate devido ao comodismo da população.
“Alarmante é o comportamento da população. 80% dos focos do mosquito da dengue estão nas caixas d’água e dentro nos lares. Se a população se acomoda e não faz a sua tarefa, pode construir milhões de hospitais que não dão conta. Então a população precisa sair da acomodação e fazer a sua parte”, disse na quarta-feira (03), durante a inauguração da ala pediátrica da Santa Casa.
Mato Grosso registra 10 mortes por dengue neste ano. Ao todo, foram 3.225 casos de infecção nos três primeiros meses de 2024. Em Tangará da Serra, por exemplo, foram três mortes por dengue e uma por chikungunya. A cidade é uma das mais afetadas pela epidemia.
Para o secretário, embora sejam muitos os registros, o caso de Mato Grosso ainda não é alarmante como em outros estados. Gilberto diz que as vacinas compradas pelo Governo Federal foram poucas e por isso foi preciso priorizar estados com surtos de dengue mais graves.
“O Ministério da Saúde fez a aquisição da vacina numa quantidade que dá para vacinar 1% da população e precisou priorizar os estados mais colapsados, o que não é o caso, graças a Deus, de Mato Grosso. Não existe vacina a curto prazo disponível, muito provavelmente só no final do ano. E não há nada de errado nisso”.
“A vacina nem se chegasse agora seria uma solução para os problemas do momento, porque ela é em duas doses, com 60 dias de intervalo. Então, o efeito prático não iria acontecer. O que a população precisa neste momento é fazer a sua parte: limpar os terrenos e as caixas d’água”.
Fonte: Repórter MT