O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, atribuiu o aumento da taxa de ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em Mato Grosso ao comportamento da sociedade. Sem vacinas suficientes e com a ocupação chegando muito próximo dos 100%, ele prevê que um novo colapso na rede hospitalar seja iminente, caso não hajam mudanças por parte da população.
No domingo, o boletim da SES apontava 92,97% das UTIs ocupadas em Mato Grosso. Somente 37 leitos disponíveis. “É triste ver que a população ainda não entende a gravidade que essa pandemia tem. Estão desvalorizando muitos aspectos da vida”, lamentou o gestor em entrevista à TV Centro América nesta segunda-feira (14).
“A taxa de ocupação de leitos está diretamente relacionada ao comportamento da população, que já se comporta como se não tivesse pandemia, não respeitando um certo distanciamento, não utilizando máscara. É o melhor ambiente propício para ampliar essas estatísticas”, avaliou Figueiredo.
Segundo o secretário, o governo estadual vê os dados atuais com muita preocupação e vai continuar abrindo leitos de UTI. Nesta semana, pelo menos novos 20 no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, e outros em Sorriso e Colider.
“É preciso que a população entenda que a pandemia ainda não acabou e só tem duas formas de evitarmos o aumento do numero de casos: o distanciamento social e a vacinação. Mas não temos vacina para todo mundo ainda, portanto, a população deve se proteger”, finaliza.
“Mais uma vez apelamos a quem nos ouve. Leve a sério, não é uma doença fácil. Profissionais da saúde já estão exaustos, entrando no colapso nesse atendimento. Se tivermos um novo estrangulamento da assistência hospitalar da saúde de MT, muitas pessoas irão sofrer com isso”, completou.
Desde o começo da pandemia da Covid-19, já foram registrados 11.417 óbitos em decorrência do coronavírus. No domingo, o boletim epidemiológico trouxe 407 novas confirmações e 27 mortes.
Fonte: Hipernotícias