Sargento que chefiava grupo de extermínio volta às ruas com tornozeleira em MT

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O sargento da Polícia Militar, Manoel Santos da Silva, preso em 2022 por comandar um grupo de extermínio na região de Brasnorte (587 KM de Cuiabá), voltou às ruas com o uso de tornozeleira eletrônica. O sargento PM estava preso desde julho de 2022 e responde na justiça pela suspeita de ser o mandante da morte de pelo menos 40 pessoas.

Ele foi solto em novembro do ano passado mediante a adoção de outras medidas cautelares – entre elas, o uso de tornozeleira. Um dos homicídios investigados ocorreu em 19 de maio de 2020 e vitimou um casal, que foi atingido por vários disparos de arma de fogo. A mulher, de 19 anos, sobreviveu. Já o namorado, Caíque da Conceição de Souza, 20 anos, morreu 40 dias depois em decorrência dos múltiplos disparos. Ele trabalhava
como entregador de marmitas.

No dia dos fatos, a patroa de Caíque recebeu um pedido de marmitas para ser entregue à noite. A Polícia Civil apurou que o pedido foi uma armadilha para que a vítima se dirigisse ao local onde os criminosos pretendiam matá-la.

Neste dia, Caíque estava acompanhado da namorada, que também foi alvejada. O crime teria sido executado por quatro homens. A investigação apurou que o militar teria ficado revoltado após Caíque ser liberado pela Justiça, três dias antes de sua morte, quando foi detido com porções de drogas e três munições. O rapaz morto teria envolvimento com o tráfico.

O servidor, então, teria armado uma emboscada com mais três comparsas para matar Caíque. No dia do crime, quatro pessoas desceram do veículo e dispararam contra o rapaz e a namorada. Elson Baragão, de 57 anos, também teria sido morto a mando do sargento, em 9 de julho do ano passado, numa estrada rural próximo à MT-170. O corpo da vítima tinha marcas de disparos de arma de fogo e estava junto à sua motocicleta.

O capacete não estava no local e, posteriormente, a investigação apurou que quem cometeu o crime retirou o acessório do local para não deixar suas digitais na cena do crime. De acordo com investigações da PJC, o crime que tirou a vida de Elson Baragão foi motivado por disputas entre madeireiros na região de Brasnorte. O sargento PM também estaria envolvido em execuções pela disputa do tráfico de drogas entre organizações criminosas.

Fonte: Folhamax