Sandro Louco é acusado de delegar crimes e exercer poder sobre a sociedade de dentro da PCE

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Preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), Sandro da Silva Rabelo, mais conhecido como Sandro Louco, foi acusado de usar familiares, amigos e advogados para tomar decisões, delegar crimes e exercer poder sobre a sociedade. Todas essas informações constam em um relatório da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Judiciária Civil.

O documento, elaborado em dezembro de 2024, foi usado como justificativa para a transferência do detento para o Raio 8, ala de segurança máxima da PCE. Além da sua interferência fora da cadeia, Sandro Louco detém muito poder do lado de dentro. Ele foi apontado pela polícia como um dos fundadores de uma facção, e é presidente dela.

O criminoso foi identificado também como o mais poderoso associado da organização.

Com as investigações policiais ficou evidenciado que Sandro Louco havia determinado uma rebelião na PCE contra as ações da Operação Tolerância Zero, que têm endurecido os procedimentos nos presídios de todo o estado. O mesmo relatório apontou que ele tinha sete celulares em sua cela e mantinha contato com a sua esposa, Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo. A polícia identificou 140 ligações dela, em um período de 19 dias.

Ficou constatado também que, mesmo preso, o faccionado chegou a comprar uma arma de fogo, que deveria ser entregue a mãe dele, para que ela pudesse se defender de assaltos. Ele também é acusado de contratar um hacker para inserir dados falsos no sistema judiciário, incluindo um alvará de soltura em favor dele.

Consta ainda no relatório que Sandro Louco possuía o controle do mercadinho da PCE e que a gestão seria realizada por outros faccionados, alcançando um lucro aproximado de R$ 75 mil ao mês. Essa informação foi confirmada pelo próprio Sandro Louco durante um interrogatório.

Sandro Louco cumpre pena de 193 anos, sete meses e 10 dias de prisão, em decorrência de 17 condenações por crimes de roubo majorado, homicídio qualificado, latrocínio e associação criminosa. (Fonte: Repórter MT)