Réu é condenado a mais de 48 anos de prisão por matar duas adolescentes a mando de facção em VG

Fonte:

Patrick de Oliveira Cabral, conhecido como “Cabralzinho”, foi condenado a 48 anos e 10 meses de prisão por duplo homicídio triplamente qualificado, organização criminosa, sequestro e cárcere privado. A sessão do Tribunal Popular começou às 13h30 e se estendeu até às 23h desta sexta-feira (6), em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

G1 não localizou a defesa de Patrick.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu foi o autor de homicídios praticados contra duas adolescentes, de 13 e 14 anos, no Bairro Carrapicho, em Várzea Grande, em outubro de 2018.

A motivação, segundo o MP, foi a rivalidade entre duas facções. As vítimas eram namoradas e integrantes da facção rival.

Patrick foi preso em dezembro de 2018.

Corpos das vítimas foram encontrados às margens do Rio Cuiabá — Foto: Leandro Trindade/TV Centro América

Corpos das vítimas foram encontrados às margens do Rio Cuiabá — Foto: Leandro Trindade/TV Centro América

Vídeos que circularam na internet, à época, mostram a execução das adolescentes. Elas tinham as mãos amarradas, sinal de tortura e lesões de arma de fogo na cabeça.

Além de “Cabralzinho”, também foram denunciados pelo MP, Thalyson Thago Taborda Oliveira Donato Silva Nascimento, Luiz Fernando Oliveira Caetano Moreira e Johnny da Costa Melo.

A reportagem não localizou a defesa dos citados.

Segundo o Ministério Público, os três ingressaram com recurso logo após serem pronunciados e estão presos aguardando o julgamento.

Outras vítimas de facção foram assassinadas na Rua Miguel Leite, no Centro de Várzea Grande — Foto: Leandro Trindade/TV Centro América

Outras vítimas de facção foram assassinadas na Rua Miguel Leite, no Centro de Várzea Grande — Foto: Leandro Trindade/TV Centro América

O processo inclui ainda outras quatro vítimas: Leandro Luiz de Oliveira, Felipe Melo dos Santos, Vitor Santana dos Santos e Júnior da Silva Pereira.

As duas primeiras vítimas foram atingidas por disparos feitos à queima-roupa enquanto dormiam e não resistiram, já as outras duas sobreviveram à ação criminosa.

Em nenhum desses casos foi verificada a participação direta de Patrick, condenado nessa sexta-feira. Os crimes ocorreram no mesmo dia em que as adolescentes foram assassinadas.

Fonte: G1 MT