
A deputada federal Gisela Simona (União Brasil-MT) representou as 91 mulheres da Câmara Federal, dentre os 513 deputados da atual legislatura, durante toda a semana passada, na 10ª edição do Global Youth Leadership Forum, realizado em Santander, na Espanha. Levando ao debate internacional, o protagonismo feminino em políticas públicas transformadoras.
Convidada a palestrar no painel ‘Visão Global para os Desafios do Futuro e o Poder Transformador das Mulheres na Política e nas Decisões Globais’, a parlamentar mato-grossense destacou que o mundo vive uma era de desafios complexos e interligados — como as crises climáticas, a desigualdade e os conflitos —, e que é justamente nesses contextos de tensão que a presença feminina tem mostrado seu poder de transformação.
“As mulheres estão fazendo, ao meu ver, uma verdadeira revolução na liderança, ao definir inclusão, sustentabilidade e direitos humanos. Mostrando que a revolução não se trata de gênero, mas de valores e práticas de poder — com ética, sensibilidade social e resiliência”, afirmou Gisela.
Ao também comentar que as representações femininas precisam inspirar outras mulheres e meninas. Ainda que saiba das barreiras estruturais e culturais que criam a desigualdade de oportunidades e reverberam na violência política de gênero. Contudo, para a parlamentar, ‘a democracia só é legítima quando reflete a diversidade da população’.
A deputada fez questão de ressaltar ainda a importância de garantir que todas as vozes estejam representadas nas esferas de poder — mulheres, jovens, negros, quilombolas e povos indígenas —, reforçando sua convicção que um parlamento plural é condição essencial para uma governança global justa e inclusiva.
Liderança brasileira e poder coletivo
Ao abordar o tema “O Poder Transformador das Mulheres na Política”, Gisela Simona apresentou a experiência brasileira, enfatizando que os projetos de lei voltados à defesa dos direitos das mulheres, crianças, idosos, pessoas com deficiência e minorias étnicas vêm crescendo em número e relevância. Lembrando que 64% das propostas apresentadas por deputadas federais se transformaram em lei, principalmente as que tratam da política de cuidados, do combate à violência contra a mulher — como o Pacote Antifeminicídio, a Lei Maria da Penha —, e das medidas de paridade nas eleições.
Aliás, dentre as discussões mais acaloradas realizadas no Fórum, em Santander, estiveram temas como a liderança e paridade feminina com destaque a criação de uma Rede Internacional de Mulheres Negras Líderes, igualmente, a construção de política públicas no combate à violência de gênero como o “Feminicídio Zero”.
A parlamentar mato-grossense – líder da bancada feminina do União Brasil, na Câmara Federal -, falou para representantes de mais de 60 países, em um dos mais relevantes fóruns internacionais voltados à formação e integração de jovens líderes, autoridades e especialistas de todo o mundo.
Nesta 10ª edição, o Fórum também abriu vários debates relacionados à liderança, governança e inovação política, o multilateralismo e o papel da diplomacia internacional, incluindo o papel da inteligência artificial nas soluções para desafios globais.