Suspeito de assaltar agências do Sicred e Sicoob em Nova Bandeirantes (a 1.026 km de Cuiabá), Salvador Santos Portela, afirmou durante seu interrogatório que foi convidado para participar do crime após ser contratado para instalar placas de energia solar em Petrolina, em Pernambuco.
Apesar de ele ter sido preso na última sexta (9), informação se tornou pública após audiência de custódia realizada no final de semana, em que sua prisão em flagrante foi convertida para preventiva pelo juiz Tibério de Lucena Batista.
Em seu relato, Salvador afirmou que conheceu Diego Almeida Costa, morto em confronto com a polícia, fez a proposta de que ele participasse do roubo a banco da modalidade “Novo Cangaço”. Função de Salvador seria a de ficar na porta do banco e não deixar os reféns correrem.
Valor roubado, um total de R$ 911 mil, seria dividido igualmente entre todos os participantes do grupo criminoso. Alguns outros envolvidos no crime, como Samuel Santos Silva e Cristiano de Jesus Nunes, também mortos durante confronto com a polícia, vieram da Bahia para Mato Grosso.
Salvador, no depoimento, ainda deu outros detalhes sobre o momento do crime. Ele disse que participou do roubo na agência do Sicoob, mas que o crime na outra agência terminou primeiro e todos os envolvidos se encontraram no mesmo lugar.
“No momento do roubo o interrogado afirma que ficou na porta do banco e ficou sempre com os reféns fora do banco, tentou efetuar dois tiros na câmera de segurança, mas a arma não funcionou, nesse momento entrou no banco para tentar consertar a arma, mas não conseguiu e disfarçou que a arma não prestava”, diz trecho da narrativa.
Crime
Em 4 de junho, ao menos 12 bandidos fortemente armados roubaram duas agências no estilo “Novo Gangaço”. Durante a ação, bastante violenta, várias pessoas foram rendidas e usadas como escudo humano.
Criminosos fugiram. Cerca de 100 policiais seguem na região de Nova Bandeirantes à caça dos bandidos. Até agora, 9 morreram em confrontos e outros 4 foram presos. Caberá a Politec confirmar a identidade do suspeito ou se ele usa documento falso.
Fonte: RD News