Quinze policiais penais são acusados de facilitar entrada de celulares e outros ilícitos na PCE

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Quinze policiais penais, dentre eles o ex-diretor da Penitenciária Central do Estado, Revétrio Francisdo da Costa, formam a lista de 20 alvos da ‘Operação Caixa de Pandora’, deflagrada na manhã desta quinta-feira (5) pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Eles são alvos de busca e apreensão por suspeita de receber propina para garantir a entrada de materiais ilícitos, tais como aparelhos celulares e assessórios nas unidades prisionais da Capital. Três advogados investigados, também alvos da ação, tiveram seus direitos de exercer a profissão suspensos (veja a lista com todos os nomes no final da matéria).

Um assistente penitenciário também integra a lista de alvos, somando 16 servidores do Sistema Prisional de Mato Grosso apontados no esquema.

Conforme o Gaeco, os elementos probatórios colhidos durante a investigação demonstram que servidores do Sistema Penitenciário ingressaram e/ou facilitaram a entrada de aparelhos celulares e acessórios na Penitenciária Central do Estado (PCE), que eram utilizados pelos presos. Através dos dispositivos, os detentos praticavam e ordenavam vários crimes extramuros.

Consta ainda que o ingresso dos aparelhos se dava através de advogados, que se valiam da prerrogativa de sua profissão para entregar aparelhos celulares, componentes e acessórios durante visitas aos internos no parlatório.

As investigações revelaram também que um freezer novo contendo sinais de violação deu entrada na PCE com a finalidade de transportar em seu interior inúmeros aparelhos celulares. O ex-diretor da PCE, Revétrio da Costra, protagonizou método em 2019 e, na ocasião, foi exonerado da função de confiança.

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública informou que aguarda as informações do Gaeco para definir e adotar medidas administrativas imediatas quanto aos servidores envolvidos nos fatos. Veja:

A Secretaria de Estado de Segurança Pública tem conhecimento e apoia a ação do Gaeco, que na manhã desta quinta-feira (06.06) realizou buscas em três unidades prisionais de Cuiabá e Várzea Grande e na sede da Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária, tendo servidores como alvos da ação.

Vale destacar que o foco das investigações não é a gestão do Sistema Penitenciário e que as buscas foram feitas em computadores e equipamentos utilizados especificamente pelos investigados.

A Sesp ressalta que aguarda informações do Gaeco para definição e adoção imediata de medidas administrativas e reforça que não coaduna com práticas criminosas e desvio de conduta na prestação de serviços à sociedade. (HNT)