Quatro anos após ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, Cuiabá disparou no ranking das capitais mais desenvolvidas do país e despontou na quinta colocação, só ficando atrás de Florianópolis, Curitiba, São Paulo e Teresina. A informação consta no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2018, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. O cálculo é feito com base em dados de 2016, a partir de indicadores sociais em 5.471 municípios, onde vivem 99,5% da população brasileira.
Pouco mais de um terço das capitais brasileiras figuram na lista dos 500 municípios mais desenvolvidos do país, segundo estatísticas de saúde, educação, emprego e renda. Para compor o índice, que voltou a subir após três anos de queda, são apurados dados oficiais sobre saúde e educação básicas, como número de matrículas escolares e mortalidade infantil, além das taxas de emprego e renda média dos trabalhadores. Os dados completos podem ser conferidos na página da Firjan na internet.
Mais desenvolvidas
Na sequência, aparecem Teresina e Cuiabá. Entre as capitais, foram as que mais subiram posições na comparação com o levantamento anterior. A capital do Piauí, única do Nordeste entre as 10 mais desenvolvidas, pulou de 12ª para a 4ª colocação. A capital mato-grossense foi de 9ª para a 5ª posição.
“Muitas capitais por serem centro industriais, perderam muitos postos de trabalho e baixaram o desempenho na vertente emprego e renda. Já outras cidades um pouco menores, como Teresina e Cuiabá, conseguiram bons rendimentos nesse indicador”, aponta o economista Jonathas Goulart, da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan.
As outras cinco capitais mais bem colocadas no levantamento são: Vitória, Belo Horizonte, Goiânia, Campo Grande e Palmas, a única representante da região Norte na lista das mais bem posicionadas.
Brasília ficou fora da lista das 10 capitais mais desenvolvidas ao cair três posições – do 10º lugar em 2015 (0,8001) para o 13º (0,7799) em 2016.
Menos desenvolvidas
Pontuação semelhante obtiveram Manaus, Porto Velho e Aracaju, todas também com desempenho regular.
Apesar disso, nenhuma capital de estado apresenta desenvolvimento considerado baixo, o que as deixa acima de pelo menos 2 mil municípios com piores resultados.
“De maneira geral, as capitais têm uma média acima das demais cidades. Isso se deve a melhor resultado na vertente de emprego e renda. Elas têm um mercado de trabalho mais dinâmico, acaba obtendo notas mais altas nesse quesito”, explica Goulart.
Quando se compara o quadro atual com os dados do período pré-crise, em 2013, a capital que mais perdeu posições no ranking foi o Rio de Janeiro, que saiu da 5ª para a 11ª posição em apenas três anos. Recife também sentiu uma forte queda no mesmo período, passando da 13ª para a 18ª colocação. Em ambos os casos, a queda no índice de emprego e renda foi o fator mais determinante para este recuo.
Saúde e educação
No IFDM Saúde, 19 das 27 capitais apresentaram avanço no último período em relação a 2015. Manaus ficou no extremo inferior do ranking das capitais neste indicador em razão do baixo percentual de grávidas que realizaram sete ou mais consultas pré-natais, apenas 45,7% do total. Na parte superior está Curitiba, capital com o maior percentual de grávidas que realizaram sete ou mais consultas pré-natais (88,8%).
No IFDM Educação, a melhor nota ficou com São Paulo, que atingiu boas notas em todos os indicadores, segundo o levantamento. Apesar disso, a nota do município Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) ainda está 0,8 ponto abaixo da meta determinada pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para 2021. Na outra ponta do ranking na área de educação, Maceió apresentou nível de desenvolvimento considerado moderado, com taxa de atendimento na educação infantil de 24,1%, o que representa uma estimativa de mais de 71 mil crianças fora de creches ou pré-escolas. Além disso, a nota da cidade no Ideb foi a menor entre as capitais: 3,7 pontos, muito abaixo da meta de 6.
Confira o Ranking
Fonte: Da Redação/Com Agência Brasil