A maioria absoluta das escolas estaduais de mais de 100 municípios de Mato Grosso vão continuar sem aulas. A decisão foi tomada em assembleia geral dos profissionais do ensino público de Mato Grosso, na quadra poliesportiva do Ginásio Presidente Médici, em Cuiabá, após debater a proposta do governo de não cortar o ponto em caso de volta ao trabalho e de conceder a Revisão Geral Anual (RGA) quando cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Sob o comando do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), a assembleia geral decidiu pela continuidade da greve, que se iniciou em 27 de maio.
A principal reivindicação é pelo reajuste de 7,69% em ganho real, que foi aprovado na gestão do ex-governador Silval Barbosa.
A equipe econômica do governador Mauro Mendes argumenta que está impedido de conceder reajuste, por ter extrapolado os gastos com a folha salarial e estourado o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em assembleia, os servidores rejeitaram a proposta feita pelo Governo do Estado de que iria suspender o corte de ponto dos profissionais da Educação, com a condição de que as aulas fossem retomadas nesta semana.
O presidente do Sintep, Valdeir Pereira afirma que a greve vai continuar e que os grevistas estão cobrando a proposta de uma lei que já foi aprovada e está em vigência, que ela seja cumprida.
Investimentos
Na semana passada, o Governo anunciou que irá investir quase R$ 115 milhões na Educação, ainda este ano.
Segundo estimativa do Governo, serão R$ 52 milhões para o pagamento de 1/3 de férias dos servidores contratados, que passará a ser garantido a partir deste ano; R$ 15,6 milhões para substituição de servidores efetivos que se afastarão para qualificação profissional; e mais R$ 11,9 milhões para substituição de servidores, que sairão de licença-prêmio ou se aposentarão.
Fonte: Cuiabano News