A professora Maria do Carmo da Silva, moradora de Tangará da Serra, foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 14 anos de prisão, em regime inicial fechado, por participação nos ataques de 8 de janeiro, em Brasília.
Ela também foi condenado ao pagamento de R$ 30 milhões a título de danos morais coletivos. O valor deverá ser quitado em conjunto com os demais condenados pelos ataques.
A sentença contra Maria do Carmo foi publicada nesta terça-feira (5). Os ministros seguiram por maioria o voto do relator, Alexandre de Moraes.
A professora foi presa em flagrante dentro do Palácio do Planalto no dia do ataque. Ela foi solta em agosto do ano passado mediante o cumprimento de medidas cautelares.
No voto, Moraes afirmou que a participação dela nas depredações ficou comprovada no seu próprio depoimento perante a autoridade policial e em juízo.
Nos interrogatórios, Maria do Carmo confirmou que ficou quase dois meses acampada no QG do Exército, em Brasília, por não aceitar ideologia de gênero nas escolas, liberação das drogas, do aborto, que segundo ela, é defendido pelo atual governo.
Ela negou participação no quebra-quebra dizendo que entrou no Palácio do Planalto com uma Bíblia nas mãos para orar, o que para Moraes não merece “credibilidade”.
“A ré, portanto, reconheceu que veio do Mato Grosso diretamente para a manifestação golpista que se instalou em frente o QGEx., tendo invadido a Praça dos Três Poderes e ingressado ilicitamente no Palácio do Planalto”, escreveu Moraes.
“O conjunto probatório acostado aos autos corrobora que, na linha da fala da própria ré por ocasião de sua prisão em flagrante, estava na Capital Federal no dia 08/01/2022 para participar de manifestação de apoio a uma intervenção militar. Para tanto, esteve no QGEx. de Brasília por quase dois meses, aderindo ao grupo que se dirigiu à Praça dos Três Poderes, chegando a invadir, em contexto de violência, o Palácio do Planalto”, acrescentou.
Fonte: Midianews