Procura por água mineral cresce até 200% e empresas citam reajuste no preço

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O clima seco e as altas temperaturas registradas nos últimos meses em Cuiabá têm provocado um superaquecimento do setor de comercialização de água mineral. Comerciantes e centros de distribuição têm registrado uma procurada pelos produtos até duas vezes maior que a expectativa para o período. Neste cenário, parte do segmento destaca diversos fatores que associados podem gerar reajustes no preço final.

Ao portal GD, a comerciante Vera Lúcia, que tem um estabelecimento em Várzea Grande, relatou que tem experimentado uma procura de 200% neste período em relação a momentos anteriores. Ela conta que costumava pedir 100 garrafões de água para abastecer seu estoque por duas semanas. Hoje, com a alta demanda, a mesma quantidade do produto é pedida semanalmente.

Se por um lado a alta procura tem animado o setor comercial, do outro lado da balança parte do empresariado tem começado a apontar problemas de abastecimento de estoque. À reportagem, alguns comerciantes citaram que as empresas que possuem fonte não estariam conseguindo suprir a demanda do período.

Enquanto as incertezas sobre o desabastecimento assolam parte dos comerciantes, as empresas descartam falta do produto por conta de problemas nas fontes. Ao portal, a Lebrinha, uma das maiores companhias do segmento em Mato Grosso, apontou que o momento é de reforço na área de distribuição.

Loremberg Domingos Nogueira, gerente da Lebrinha, garantiu que as três fontes da empresa no estado têm uma produção suficiente para atender à população. Segundo o representante, Cuiabá e Várzea Grande foram as cidades mato-grossenses que tiveram maior aumento na demanda.

Diante da situação, de acordo com o gerente, parte da produção da fonte de Ipiranga do Norte tem sido enviada a Cuiabá enquanto Várzea Grande tem recebido água da fonte de Jaciara. O reforço para ambas as cidades da Baixada Cuiabana é feito além do abastecimento já realizado pela fonte de Chapada dos Guimarães.

Neste mesmo cenário, a empresa Buriti também apontou que problemas de abastecimento se devem a dificuldades logísticas. A companhia disse que reajustes têm sido feitos de até 20 centavos por conta do encarecimento do escoamento, devido às estradas com problemas de asfaltamento, refletindo no bolso do consumidor final.

Na seara dos reajustes, a Lebrinha também prevê um aumento de até 30 centavos no preço do garrafão repassado aos distribuidores a partir da próxima terça-feira (13), devido à incorporação do selo fiscal. Contudo, a atualização do valor ainda será discutida em reunião da diretoria.

A Kanindé, com sede na Avenida Beiro Rio, em Cuiabá garantiu que houve incremento na produção e aumento da equipe a fim de atender às demandas do período. Márcia Cristina, sócia do estabelecimento, apontou que uma alta no preço dos insumos plásticos pode afetar diretamente o mercado. A empresária não descartou reajuste de até R$ 1 no preço do garrafão.

A reportagem procurou outras empresas, que optaram por não se manifestarem por hora. As companhias citadas garantiram não haver problemas com as fontes e reforçaram que os problemas de distribuição se devem a fatores de ordem logística, assim como apontaram que os reajustes não estão garantidos.

As informações são do portal Gazeta Digital