Utilizando uma citação do pastor Daniel Vieira da Silva sobre a justiça ser falha e comprada, a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV) se manifestou acerca da medida judicial que afastou o marido, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) do cargo, nesta segunda-feira (4).
Pinheiro foi afastado do cargo pelo desembargador de Justiça Luiz Ferreira, atendendo a pedido do Ministério Público de Mato Grosso, pelo prazo de seis meses. Emanuel, portanto, só voltará ao cargo em setembro, às vésperas das eleições municipais. Esta é a segunda vez que o gestor é retirado da prefeitura por força da Justiça.
Em uma postagem no Instagram, Márcia utilizou o trecho da pregação do religioso em que ele expõe uma suposta desigualdade existente no Poder Judiciário.
Na passagem escolhida pela primeira-dama, o pastor cita que a justiça se molda aos desejos dos poderosos que estão em cima dela e insinua que a justiça é comprada e pode ser burlada.
“Infelizmente a justiça do homem é falha; embora falam que todos são iguais perante ela, infelizmente existem privilégios dos que ficam acima dela; às vezes é burlada; às vezes é comprada; às vezes para algumas pessoas se cumpre e para outras não”, traz a publicação de Márcia Pinheiro, feita pelas redes sociais nesta segunda-feira (4), cuja legenda ela preferiu deixar em branco.
O QUE DIZ A DEFESA DE EMANUEL
O advogado Francisco Faiad, amigo pessoal e advogado de Emanuel Pinheiro classificou o afastamento como “injusto”, “absurdo” e “abusivo” e afirmou que o gestor foi pego de surpresa.
“É um inquérito que sequer teve notificação prévia, ele [Emanuel] nunca foi ouvido a respeito dessa situação. Ele foi pego de surpresa. O prefeito da Capital foi afastado por 180 dias de surpresa”, declarou Faiad à imprensa, nesta segunda-feira (4).
Ainda segundo ele, a defesa não teve acesso ao inteiro teor do processo, pois estava em segredo de justiça. No entanto, no final da tarde desta segunda, o desembargador Luiz Ferreira levantou o sigilo.
“É uma decisão dizendo que em razão das várias operações na saúde, ele foi afastado, mas nós estamos conhecendo o processo ainda, não sabemos do processo porque está em sigilo e eu pedi a queda”, disse.
De antemão, Faiad já expressou que irá recorrer da decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. “Vamos tomar conhecimento do processo e recorrer da decisão”, expôs o jurista.
Apesar das manifestações ‘extraoficiais’ de Faiad e Márcia Pinheiro, a Prefeitura de Cuiabá ainda não emitiu um posicionamento sobre o afastamento do chefe do Alencastro. (HNT)