O estudante de Direito Maurício Roschel Gonçalves Garcia, de 28 anos, foi preso no extremo sul da capital paulista, em 20 de novembro, após assaltar um posto de combustíveis dirigindo o carro da própria mãe, Eliana Augusta Roschel Gonçalves, 61. Horas depois, naquele mesmo dia, já no 101º DP (Jardim das Imbuias), confessou a ter matado, quando familiares encontraram sangue na casa da vítima e procuraram a polícia.
Ainda assim, a prisão pelo homicídio só seria formalizada dois dias depois, em 22 de novembro, quando o delegado Tarcisio Gabriel Pereira Júnior percebeu que um corpo carbonizado, achado oito dias antes, era de Eliana. Ele então representou pela prisão temporária do universitário.
Até esse momento, Maurício seguia solto porque o flagrante do roubo, conduzido pelo delegado André Bertin, não relacionou no boletim de ocorrência o suspeito ao homicídio, apesar de ele estar com o carro e o celular da vítima morta, além de ter confessado o crime. Sem ciência dessa informação, a Justiça permitiu que Maurício respondesse ao roubo em liberdade, após audiência de custódia.
“Dando peão por Parelheiros”
O corpo de Eliana havia sido encontrado em 12 de novembro, carbonizado, com as pernas arrancadas e o dedo indicador da mão esquerda amputado. O registro inicial tratou o caso como homicídio, com vítima desconhecida.
Quando foi preso por roubo, no dia 20, Maurício estava dirigindo o Onix branco registrado em nome de Eliana. As vítimas o reconheceram e relataram que ele havia exigido para que “passassem o dinheiro” durante o assalto.
Apesar de estar com o veículo da mãe e com o celular dela, o flagrante foi registrado apenas como roubo às vítimas nos estabelecimentos, sem qualquer menção ao fato do suspeito estar com os dois pertences de Eliana.
Confessou ter matado e carbonizado a mãe
Enquanto Maurício era ouvido por roubo, familiares de Eliana foram até a casa dela e encontraram manchas de sangue no quarto e na sala. A Polícia Militar os conduziu ao 101º DP.





