Prefeito bolsonarista afastado pede ao STF para reassumir mandato em MT

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O prefeito de Tapurah, Carlos Alberto Capeletti, que foi afastado do cargo por meio de uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ingressou com um novo recurso junto à Corte pedindo seu retorno ao cargo. O político foi afastado por 60 dias por ter atuado para incentivar a viagem de caminhões para Brasília.

O STF foi acionado pelo procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antonio Borges, que apontou o desenvolvimento das ações antidemocráticas estimuladas pelo prefeito da cidade. A medida seu deu após o prefeito divulgar um vídeo relatando que estava acampado em Brasília, no dia 15 de novembro, em frente ao QG do Exército, durante o exercício de seu mandato.

Ele estaria participando dos atos que pediam intervenção militar após a derrota de Jair Bolsonaro. De acordo com a defesa, o gestor de Tapurah participou do ato no feriado dia 15 de novembro, data da Proclamação da República, foi comemorada pacificamente. “Desse modo, a grave e excepcionalíssima medida de afastamento cautelar do agravante do cargo de prefeito não mais se justifica sob qualquer circunstância que se queira imaginar, motivo por que deve ser reformada ou revogada”, disse.

No agravo de instrumento, a defesa de Capeletti, também afirma que o ministro deu uma decisão mais dura ao qual Borges havia pedido e que o seu afastamento ocorre de maneira prejudicial ao município, podendo inclusive, provocar “grave dano de difícil ou impossível reparação”. “Desse modo, a grave e excepcionalíssima medida de afastamento cautelar do agravante do cargo de prefeito não mais se justifica sob qualquer circunstância que se queira imaginar, motivo por que deve ser reformada ou revogada”, pede os advogados.

Capeletti já havia sido alvo do TRE-MT durante a campanha eleitoral, após divulgar outro vídeo, no qual prometia sortear um carro para estimular eleitores da cidade a votarem em Bolsonaro. Outra decisão determinou que ele retirasse o vídeo das redes sociais e se se retratar para não pagar multa diária de R$ 50 mil, o que foi cumprido pelo político.

Fonte: Folhamax