“Por covardia e medo das urnas, Emanuel não sairá à reeleição”, diz vereador

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Um dos nomes de oposição na Câmara de Cuiabá, o vereador Diego Guimarães (Cidadania) aposta que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não sairá candidato à reeleição. Em entrevista ao MidiaNews, Diego teceu uma série de críticas ao prefeito e disse que ele não terá coragem de encarar as urnas.

“Vejo que ele não sairá candidato por covardia, por medo da urna. E também por uma estratégia eleitoral para não sucumbir na urna e ver sua carreira política ir por água a baixo. Na minha visão, aliás, a carreira dele já foi por água abaixo com o ‘escândalo do paletó”, provocou.

“Se ele tiver coragem de enfrentar a população cuiabana na urna ele tem que ir à reeleição. Mas acredito que ele irá recuar”, emendou o opositor.

As críticas se estenderam ao presidente da Câmara Misael Galvão (PTB). Segundo Diego, ao comandar a Casa, Misael acabou assumindo desgastes que não são dele, correndo o “risco de jogar sua biografia no lixo”.

Ainda durante a entrevista, o vereador falou sobre os trabalhos da CPI da Semob – a qual ele preside – e que apura uma série de ilegalidades na pasta de Mobilidade Urbana, como a contratação dos “semáfaros inteligentes” por mais de R$ 15 milhões.

Ele também defendeu o nome do colega Felipe Wellaton (Cidadania) como candidato ao Alencastro e falou das ações adotadas no Município em meio à pandemia da Covid-19.

Confira os principais trechos da entrevista:

MidiaNews – O senhor está presidindo a CPI da Semob, que apura denúncias envolvendo a pasta de Mobilidade Urbana. O que já pode adiantar dessa investigação? Os trabalhos caminham para de fato encontrar ilegalidades nas ações da Secretaria?

Diego Guimarães – A CPI tem vários objetos. São quatro no total. O primeiro deles, os semáforos inteligentes; o segundo é o contrato com a empresa Rodando Legal – que faz o guinchamento e guarda dos veículos – ; terceiro é saber como é gasto o dinheiro das multas recolhidas na Capital – cuja arrecadação cresceu vertiginosamente – e, por fim, algumas denúncias da Jari (Junta Administrativa de Recursos de Infração).

Já há alguns indícios de irregularidades na contratação e prestação de serviços dos semáforos inteligentes e da empresa Rodando Legal. No caso dos semáforos há fortes indícios e até mesmo uma apuração pelo Tribunal de Contas dando conta que o sistema não funciona. Segundo, estamos investigando a contratação da empresa mexicana para implantar o semáforo inteligente, já que o ex-procurador-geral do Município, Nestor Fidélis, alegou à Delegacia Fazendária que existiam erros no processo de contratação e que foram atropelados para forçar a contratação da empresa que implantou os semáforos.

“Ter um sistema da forma que está hoje em Cuiabá é desperdício de dinheiro público”

Com relação a empresa Rodando Legal, já fizemos uma vistoria no pátio e verificamos que vários itens do contrato não estão sendo atendidos, o que revela uma falta de fiscalização e má-gestão do contrato.

MidiaNews – Essa contratação dos semáforos inteligentes foi cercada de muita polêmica. Eles custaram mais de R$ 15 milhões e a impressão que dá é que não auxiliam no fluxo do trânsito. Em sua opinião, a aquisição destes semáforos era necessária para Cuiabá?

Diego Guimarães – A modernização do sistema de trânsito em uma cidade é importante. Mas desde que seja feita de forma séria. O que não aconteceu no caso de Cuiabá. Aqui nós tivemos uma forçação de barra para contratar e aderir um a ata já existia em Aracaju (SE). Aí resta saber se já existiam interesses escusos por trás dessa contratação, já que a empresa foi contratada, o valor de aproximadamente R$ 15 milhões foi pago e o sistema não funciona.

Ter um sistema da forma que está hoje em Cuiabá é desperdício de dinheiro público. Já que não trouxe nenhuma melhora ao trânsito da cidade. Reitero: várias ilegalidades foram apontadas pela Procuradoria à época. O que a gente percebe é que houve sim uma forçação de barra. O que precisamos saber é em quanto foram lesados os cofres públicos e, obviamente, identificar o responsável.

MidiaNews – Vocês decidiram pela convocação do ex-procurador do Município Nestor Fidelis. Qual a importância desse depoimento? Ele deve ser uma peça-chave nessa investigação?

Diego Guimarães – Estamos no início de uma investigação, entrando na terceira semana de um universo de 120 dias. Em relação aos semáforos inteligentes, o depoimento do Nestor pode ser um norte. Ele pode nos apontar quais caminhos temos que percorrer para chegar a um resultado útil. Já que ele estava nas entranhas do Poder. Outra coisa que chegou a nosso conhecimento – e aí não posso afirmar – e que, supostamente a exoneração dele aconteceu, entre outros fatos, por ele contrariar interesses do secretário Antenor Figueiredo com relação a essa contratação. Possivelmente ele terá durante o depoimento à CPI a oportunidade de falar sobre isso. Confirmar ou não essa informação.

MidiaNews – Quando a CPI pretende convocar o secretário Antenor Figueiredo? Acredita que enfrentará algum tipo de resistência?

Diego Guimarães – Vamos chamá-lo em um momento futuro. São vários fatos abordados de sua secretaria que precisam ser elucidados. Espero não ter dele resistência. Obviamente que os fatos apurados podem recair sobre ele e aí pode, obviamente, ele se negar a vir. Mas, quem não deve não teme. Se ele não tem o que esconder, se não tem o que temer, ele não tem razão nenhuma para se eximir do dever de comparecer a nossa CPI.

MidiaNews – Sobre essa fiscalização no pátio da empresa Rodando Legal responsável pelo recolhimento dos carros apreendidos. Pode falar um pouco da situação encontrada no local? Tivemos conhecimento que vocês, inclusive, encontraram uma dificuldade em vistoriar o espaço.

Diego Guimarães – A empresa, os funcionários que ali estavam acreditam que estão acima do bem e do mal. “É uma empresa privada”. Esse era o argumento que eles usavam, mas esquecem que ela contrata com o poder público, presta um serviço público para a Prefeitura. E o contrato que eles celebraram com o Município é objeto dessa CPI. E eles não podem se esquecer que o vereador tem o direito de fiscalizar. Então, de fato encontramos uma resistência no primeiro momento. Depois um agente da Semob estava lá, abriu a empresa para que fizéssemos a vistoria.

O que é interessante e já posso adiantar é que muitos itens do contrato não estão sendo devidamente cumpridos. Já começa pelo fato de que o contrato diz que a empresa tem que tratar o cidadão de maneira cortês. Coisa que não acontece nem com vereador, imagina como aquele cidadão mais humilde, que tem seu carro apreendido. E falo isso porque a gente recebe denúncias de muitos munícipes dando conta que são tratados de forma truculenta.

Outro fator que observamos é a falta de acessibilidade no prédio. Item que também consta no contrato.  E lá também temos carros deixados ao tempo, mal armazenados, sem a devida vistoria que deveria realizar antes do guinchamento também para preservar o veículo, que é o patrimônio do cidadão. O local tomado por mato, lama, sendo que o contrato prevê um pátio limpo, organizado, com calçamento, totalmente diferente do que verificamos no local.

MidiaNews – Outro objeto da CPI é a alegada “indústria de multas e taxas” na cidade. O que já há de concreto nesse sentido na investigação? Falta transparência por parte do Município na aplicação do dinheiro arrecadado pelo Município?

Diego Guimarães – Sobre os radares nós estamos buscando a UFMT, junto a Faculdade de Engenharia de Trânsito, para que eles nos auxiliem quanto à pertinência e necessidade de instalação de alguns radares. E também para constatar se há uma indústria da multa, ‘pegadinha’ para prejudicar o motorista.

Segundo, nós percebemos que Cuiabá arrecada quase R$ 50 milhões ao ano com multas e não temos de forma transparente como esse dinheiro é aplicado. O que queremos, por meio da CPI, é elucidar a aplicação de todos esses recursos, que é um volume alto.

MidiaNews – Falando um pouco da Câmara, recentemente nós tivemos a volta do vereador Abílio Junior à Casa. O presidente Misael Galvão, no entanto, tem tentado na Justiça retirar o mandato dele novamente. Como avalia esse comportamento do Misael?

Diego Guimarães – Quando o presidente Misael fala que a Câmara recorreu neste processo, ele tem que deixar claro que essa é uma opção dele e de alguns vereadores. Eu sou membro da Câmara e sou contra um recurso que tenha o desejo de manter a cassação. E falo isso porque a cassação dele foi completamente arbitrária, desnecessária, perseguição política, foi uma retaliação do prefeito Emanuel Pinheiro e de sua base aliada.

O procedimento judicial – e falo agora de forma tranquila, como advogado – eu acompanhei e acho muito difícil a Câmara Municipal conseguir reverter. Percebo que existe muito mais uma briga entre o presidente da Câmara e o Abílio. Não vou dizer que não tenha interesses aí, interesses políticos nessa briga deles e aí quem perde é a população cuiabana, perde a própria Câmara e eles dois.

O vereador Abílio tem o jeito dele trabalhar, cabe ao Misael identificar que é um jeito diferente de fazer política, um jeito novo, com mais intensidade do que víamos até então. A grande questão é o presidente entender isso e permitir que o vereador Abílio conclua seu mandato, que foi legitimamente dado pela população.

MidiaNews – Na visão do senhor, esse comportamento do Misael envergonha a Câmara de Vereadores?

Diego Guimarães – Não uso a palavra envergonhar porque é um termo forte. Sou contra o posicionamento dele, posso até respeitar. Mas não concordo. Não faria o que ele faz e o Misael não fala em meu nome quando recorre dessa decisão.

MidiaNews- Dada a proximidade do Misael com o prefeito Emanuel Pinheiro, o senhor acredita que ele adota essa postura para agradar ao Emanuel? Acredita na interferência do Executivo nesse assunto?

Diego Guimarães – O Misael Galvão tem uma história política muito bonita, ele vem da base, das lideranças dos antigos camelôs, que se tornaram os empresários do Shopping Popular. O que eu percebo é que há um encantamento por parte do Misael, não sei qual o interesse político por trás disso, em fechar os olhos e assumir alguns desagastes que não são dele, que na verdade são do prefeito Emanuel Pinheiro. E não percebe o presidente Misael que, ao agir dessa forma – como nesse caso do Abílio – ele é o principal prejudicado. Porque o prefeito fica no seu Palácio, isolado de toda a problemática e o presidente da Câmara agindo contra a opinião pública, assumindo um desgaste desnecessário. Vejo que o Misael – a quem eu tenho uma grande estima, principalmente por sua história de luta e de vitória – corre o risco de jogar sua biografia no lixo.

Ele precisa se preocupar com os ideais que o trouxeram a Câmara Municipal e não com o jogo político partidário de poder que existe hoje entre o prefeito Emanuel e alguns vereadores da Câmara.

MidiaNews – Estamos vivendo um momento de pandemia e há muitos questionamentos a respeito dos gastos do Município. Recentemente, o chefe da Casa Civil chegou a afirmar que Cuiabá tomou “decisões lunáticas e a preços absurdos”. Concorda?

Diego Guimarães – O prefeito Emanuel Pinheiro é um prefeito muito bom em ações midiáticas. Ele é muito vaidoso, me parece que ele está completamente envaidecido para toda semana ligar uma live, colocar três mil pessoas e fazer um anúncio do que está fazendo ou deixando de fazer nessa pandemia. Mas até agora nada de efetivo foi feito. Tivemos um gasto milionário com drones, que foram barrados. Nós denunciamos e paramos com essa ação um tanto quanto ridícula para pulverizar agua sanitária em condomínios particulares.

Depois desse episódio, foi noticiado que os grupos do Blairo e do Eraí Maggi disponibilizaram 20 drones gratuitos ao Município e o prefeito não colocou para funcionar. Mais uma prova clara que era muito mais uma ação midiática com o interesse de jogar dinheiro público no ralo do que proteger a população.

A pergunta que faço é quanto leitos novos a Prefeitura disponibilizou para pacientes Covid? O prefeito e o [secretário de Saúde] Luiz Antônio Possas usaram da malandragem.

Pegaram leitos que o Município já possuía para cirurgias eletivas e credenciaram como leitos de combate à Covid.

Mas a quarentena que a população cuiabana ficou, de passar todo esse tempo com empresas fechadas, empregos perdidos, serve para que o serviço público se prepare para uma eventual contaminação em massa. Vimos o Governo – e não estou defendendo o governador, não sou aliado do governador Mauro Mendes – mas ele criou leitos novos no Hospital Metropolitano. Isso é importante, a quarentena serve para a preparação do sistema de saúde para receber pacientes. Até o momento não há nenhum leito novo na Capital.

MidiaNews – Acredita que Cuiabá não teve nenhuma decisão acertada nessa crise? Porque os números de casos e óbitos são os menores do País. Isso não seria reflexo de medidas acertadas do prefeito?

Diego Guimarães – Qualquer medida que fosse para evitar a contaminação naquele primeiro momento era necessária. Tenho certeza que toda a população brasileira é favorável a medidas de contenção, mas elas devem ser acompanhadas de um planejamento, de um cronograma de ações. Um cronograma de medidas que viessem a preparar o comércio para reabertura o quanto antes e preparar o sistema público para receber pacientes.

O prefeito fez o que: “Fique em casa”. Ok, não teve contaminação. Ótimo. Mas o que mais ele fez? Que alternativa ele apresentou, por exemplo, aos comerciantes. Já temos uma infinidade de desempregados na Capital, estabelecimentos que não mais abrirão as portas. Uma infinidade de problemas que foram causados e que poderiam ter sido amenizados se houvesse um planejamento. Percebo que o prefeito não planejou esse momento, o posterior à quarentena.

MidiaNews – Essa ausência de planejamento trará grandes prejuízos a Cuiabá?

Diego Guimarães – A ausência de planejamento, de organização e de ações efetivas por parte do prefeito vai trazer sequelas sentidas pela população durante anos. Seja no comércio, na indústria, no setor serviços. Não tenho dúvida. Isso deixará marcas na economia por muito tempo. E aí repito: se houvesse planejamento, ações efetivas e organização para a retomada da economia, isso poderia ter sido minimizado.

MidiaNews – Como vê a declaração do prefeito dando conta de que a oposição quer “politizar” a pandemia?

“O prefeito Emanuel é raposa velha na política, é astuto, é o bom malandro, o boa praça, fala bonito. Mas de ações, de pensar a cidade, ele é muito fraco”

Diego Guimarães – Depende o que é politizar para ele. Se politizar é trabalhar como político que sou, fazendo minha função de vereador, estou politizando. Agora, o que não fazemos é brincar com a cara do cidadão como ele faz.

Politizar é querer reunir imprensa, assessores, ir à Orla do Porto, apresentar quatro drones ao custo de R$ 1 milhão para poder falar que Cuiabá está inovando no combate ao coronavírus. Nada mais que uma ação midiática. Isso é politizar. É querer colher dividendos onde não deve. Politizar é ele anunciar que está com 80 leitos credenciados no Ministério da Saúde, mas não dizer quantos leitos novos foram criados. Porque não existem.

Então, o prefeito Emanuel Pinheiro é raposa velha na política, ele é astuto, é o bom malandro, o boa praça, fala bonito, mexe com a sobrancelha pra lá e pra cá. Mas de ações, gestões, planejamento, pensar a cidade, ele é muito fraco.

MidiaNews – Em relação ao cenário eleitoral em 2020, o que visualiza? O prefeito deve sair à reeleição?

Diego Guimarães – Se ele tiver coragem de enfrentar a população cuiabana na urna ele tem que ir à reeleição. Ele está acostumado a medir a avaliação dele pelo Instituto Mark, que é do irmão dele. A melhor medida de uma gestão que ele teria, a mais eficiente e verdadeira, seria ele vindo pra urna, enfrentando o candidato que a oposição vai lançar, enfrentando a população. Apresentando propostas, respondendo sobre as falhas de sua gestão. Aí sim ele terá avaliação da gestão dele. Mas acredito que ele não terá coragem. Acredito que ele irá recuar.

MidiaNews – Na hipótese de ele sair à reeleição, acha que ele deve usar a máquina fortemente?

Diego Guimarães – Primeiro que confio nos órgãos de controle para poder coibir esse tipo de ação. Mas sabemos que raposas velhas da política que usam e fazem a má política, como é o caso do Emanuel Pinheiro, sabem usar muito bem o jogo do poder e da ameaça, principalmente com servidores públicos comissionados.

Vimos isso acontecer de forma muito intensa na eleição do filho dele [deputado federal Emanuel Pinheiro Neto]. Quando servidores públicos relatavam – e também foi levado aos órgãos de controle à época – que corriam o risco de serem demitidos caso não fossem em reuniões políticas do Emanuelzinho. Sabemos que isso, infelizmente, acontece.

É um temor que nós temos, mas que não nos impede de querer confrontar, querer disputar, querer ir contra esse sistema corrupto e daninho que existe na política brasileira.

MidiaNews – Porque tem a impressão de que ele não deve sair à reeleição?

Diego Guimarães – Porque acredito que ele não vai ter coragem. Por covardia, por medo da urna. E também por uma estratégia eleitoral para não sucumbir na urna e ver sua carreira política ir por água a baixo. Na minha visão, já foi no escândalo do paletó. Mas ele ainda vai tentar uma sobrevida na política para em 2022 tentar voltar como deputado ou talvez outro cargo.

Mas nesse momento ele deve deixar a candidatura e deve deixar também muita gente órfã que tenta a candidatura dele para poder escorar a candidatura de outras pessoas.

MidiaNews – Essa estratégia passaria, por exemplo, em recuar da reeleição e lançar o filho candidato a prefeito em Várzea Grande, por exemplo? Tendo em vista que o deputado já transferiu seu domicilio eleitoral para a cidade vizinha.

Diego Guimarães – A casadinha política da família Pinheiro e Campos na Baixada Cuiabana está escrita. E repito: é o que as velhas raposas da política sempre fizeram. Combinam dentro de quatro paredes e trazem para a população como se isso fosse a solução para os problemas da cidade. Esquecem que precisa combinar com o povo. E, a meu ver, a população Cuiabá e Várzea Grande vai responder a altura contra esse tipo de vontade dessas duas famílias que tentam perpetuar na política. Acredito que há sim uma estratégia do Emanuel em não sair candidato e lançar seu filho em Várzea Grande.

MidiaNews – O seu colega de partido, Felipe Wellaton, é um pré-candidato à Prefeitura. O senhor vai trabalhar em prol do nome dele? Acha que ele é um nome a bater uma eventual reeleição do prefeito?

Diego Guimarães – Acredito que o Wellaton é um bom nome, é jovem, dinâmico, preparado, esteve na iniciativa privada, fez um mandato de vereador muito bom, está estudando muito, está se preparando para apresentar boas propostas à população e receber essa avaliação das urnas. Não tenho dúvidas que ele é um dos melhores nomes que a população terá para avaliar. Estou trabalhando, defendo e lutarei pela candidatura dele.

MidiaNews – Vocês têm pesquisas internas já para esse pleito? Como está a aceitação do Wellaton junto ao eleitorado?

Diego Guimarães – É incrível a aceitação. Já temos pesquisas internas para consumo próprio que indicam que nomes postos, ele é quem tem menor rejeição. A rejeição é praticamente zero.

É um perfil jovem, extremamente preparado, positivo como ele é, transmite muita confiança. Quem conhece um pouco da história dele compra ele como candidato a prefeito de Cuiabá. Partindo da premissa que o processo eleitoral trará ainda mais notoriedade ao nome dele, não tenho dúvida que os números mostrarão que ele é o melhor candidato a bater Emanuel Pinheiro ou quem quer que seja.

MidiaNews – É possível termos uma chapa entre o Wellaton e o vereador Abílio Junior, que também é um pré-candidato ao Alencastro?

Diego Guimarães – Completamente viável, possível, está aberto o diálogo. Temos conversado sobre a necessidade de ambos construírem. O Podemos reclama a candidatura do Abílio, ele está construindo, tentando mostrar a viabilidade da candidatura dele. Nós, do Cidadania, por outro lado, buscamos mostrar solidez  e as qualidades da candidatura do Wellaton. Obviamente, acredito que lá na frente, dentro de um entendimento partidário, olhando pela nossa cidade, devemos convergir nossos interesses e também nossos candidatos em uma candidatura única.

Havendo plenamente – acredito eu, não respondo por eles – mas vejo a possibilidade de o Abílio ser vice e também de nossa parte, caso fique demonstrado que o Abílio é o melhor nome, não há nenhuma dificuldade de recuar da candidatura a prefeito e ocupar uma posição de vice numa chapa encabeçada pelo Abílio.

MidiaNews – Em razão da pandemia, defende que a eleição seja adiada por alguns meses?

Diego Guimarães – Não sei se dará para fazer em outubro. Mas, minha visão, tem que ser esse ano. O processo democrático e a alternância de poder, que são as bases da nossa república federativa brasileira, estabelecem a necessidade de que a população vá à urna. Até mesmo para segurança das nossas instituições.

MidiaNews – Então, é contra unificar as eleições deste ano com o pleito de 2022?

Diego Guimarães – Não defendo e não acredito que acontecerá prorrogação de mandatos, por mais que diretamente eu venha a ser beneficiado. Não entendo como justo com o eleitor que votou em mim para estar na Câmara por quatro anos, outorgar aos atuais mandatários mais dois anos de mandato.

MidiaNews – Em relação aos planos do senhor, tentará um novo mandato na Câmara?

Diego Guimarães – Depois de conversar com muitas pessoas, família, apoiadores, entendi que pra mim é construir uma reeleição à Câmara Municipal. Agora mais preparado, mais experiente, pronto para chegar na Câmara em 2021 trabalhando com ápice de nosso conhecimento jurídico, profissional, político. Acredito que tenho muito ainda para colaborar com a população cuiabana, caso ela entenda que devo ser reconduzido à Câmara.

Fonte: Midianews