A notícia de que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou todas as sentenças que pesavam contra o ex-presidente Lula da silva foi recebida das mais variadas formas no ambiente político em Mato Grosso.
Levando em consideração, claro, que em Mato Grosso o cenário político é de intensa polarização entre petistas e bolsonaristas, as duas maiores forças ideológicas do país atualmente.
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Se por um lado petistas de Mato Grosso receberam com felicidade a notícia, de outro, os bolsonaristas lamentaram a decisão de Fachin e criticaram o Judiciário. Na turma dos que elogiaram a decisão está o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que junto com o deputado Valdir Barranco (PT) compõe a bancada petista da Assembleia Legislativa.
Apesar de aprovar a sentença de Fachin, Lúdio foi cauteloso e lembrou que ainda é preciso analisar, minuciosamente, a decisão para verificar se não existem brechas que venham a dificultar a viabilidade de Lula voltar a disputar a presidência em 2022.
“Infelizmente a judicialização no casos dos processos contra o Lula acabou se tornando um jogo de xadrez. O ministro Fachin já teve a oportunidade há muito tempo de reconhecer essa incompetência territorial da 13ª vara e não fez isso. Nós estávamos muito próximos de ter, no STF, o julgamento do habeas corpus que pedia a suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro. Outras questões a serem analisadas é se cabe recurso e se depende de posicionamento do plenário do STF. É uma decisão que precisa ser analisada com bastante cautela.”, afirmou.
Já o bolsonarista Nelson Barbudo (PSL) entende que o Judiciário errou mais uma vez. Segundo ele, a decisão foi ‘muito individual’ de Fachin e a sentença representa um verdadeiro ‘desmonte’ do Judiciário brasileiro. Barbudo entende que a ‘canetada individual’ foi prematura e que a prova disso seria a informação de que a decisão causou surpresa aos demais ministros do STF.
“Desmanchar um trabalho, o trabalho da Lava Jato de não sei quantos anos não me cheira bem”, disse completou ao comentar sobre a possibilidade de Lula oferecer risco à reeleição de Bolsonaro em 2022: “Acho que a população brasileira já entendeu que o que PT fez ao longo dos anos foi destruir o Brasil, não é só Bolsonaro, pode ser o Lula contra qualquer outro de direita que o Lula não vence, a população já entendeu. O brasileiro acho que já sabe discernir o Lula, o ladrão maior da República. O PT foi eleito a maior quadrilha do planeta Terra, acho que ele não oferece riscos para o Bolsonaro”.
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A deputada federal Rosa Neide (PT) disse que as palavras de Lula foram comprovadas quando o ex-presidente repetia que ‘a verdade seria restabelecida’. A parlamentar petista afirmou que a decisão da Lava Jato de prendê-lo foi uma tentativa para tirá-lo da disputa em 2022, o que teria aberto o caminho para a vitória de Bolsonaro naquele ano.
“Finalmente está sendo restabelecida a verdade, desde o início o senhor sempre disse a todos nós, que a verdade ia tardar mas não falharia, o senhor hoje está livre, porque a verdade está sendo reconstruída, o Brasil perdeu a oportunidade de tê-lo novamente na presidência da República, mas antes tarde do que nunca, o nosso presidente está saudável, está com muita paz, com muita luz e com muito brilho, parabéns”, afirmou.
As informações são do Site O Bom da Notícia