O padre Nelson Koch, 54, foi preso na manhã desta quinta-feira (17), pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e do Idoso de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual. Vítima hoje com 15 anos, contou que sofre abusos desde os 7 anos.
De acordo com as informações da Polícia Civil, além do mandado de prisão, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão domiciliar no endereço do investigado, que é em uma chácara da zona rural da cidade. O padre começou a ser investigado após a denúncia da mãe de um jovem de 15 anos, que começou a trabalhar na igreja em 2021.
Segundo ela, desde o ano passado o menino tem sofrido abusos sexuais praticados pelo religioso. Além disso, afirmou ainda que os crimes ocorreram em períodos diferentes, desde que ele tinha 7 anos.
Pablo Bonifácio Carneiro, delegado responsável pela investigação, afirmou que ouviu mãe e filho em depoimento e que o menor confirmou os abusos sexuais. O padre seria o autor dos crimes desde que o menor tinha 7, 13 e 15 anos.
Outro jovem, também menor de 17 anos, foi ouvido e confirmou que nos últimos 3 anos ele foi vítima de atos libidinosos do padre. Além disso, uma das vítimas relatou que sofreu ameaça velada, já que o religioso se dizia ‘uma pessoa de influência’.
“Desta forma, acreditamos que a segregação da liberdade do suspeito irá encorajar outras eventuais vítimas que ainda não tiveram coragem de denunciar”, pontou Pablo Carneiro.
A Polícia Civil também representou pelo afastamento do sigilo de dados e pela autorização de acesso e extração de dados contidos em dispositivos eletrônicos apreendidos na casa do suspeito, que serão analisados pela equipe da delegacia especializada.
A reportagem do Gazeta Digital entrou em contato com o advogado do padre, mas os telefonemas não foram atendidos. Já em nota à imprensa, o bispo Dom Canísio Klaus, da Diocese Sagrado Coração de Jesus de Sinop, informou que tomou conhecimento da denúncia no domingo (14), ouviu o suspeito em particular e apresentou os fatos.
“Muito triste, disse não ter interesse em constranger a Igreja e o Bispo, por isso, de imediato pediu o afastamento do cargo e dos seus ofícios na paróquia, e colocou-se à disposição para ser ouvido e ter tempo necessário para sua defesa”, diz trecho da nota. Lei abaixo o material na íntegra.
Fonte: Gazeta Digital
