Uma investigação avança para desvendar circunstâncias do desaparecimento, morte e ocultação dos corpos de 4 homens, a mando da facção Comando Vermelho (CV). Dois investigados pelo sequestro do grupo participaram de uma diligência no endereço em que as vítimas foram vistas pela última vez, no dia 2 de maio deste ano. O conjunto de quitinetes onde dois deles moravam, no bairro Renascer, foi periciado.
A investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), comandada pelo delegado Caio Albuquerque, avançou após denúncias que contribuíram para identificar parte dos envolvidos no crime. Os desaparecidos são os irmãos Tiago Araújo, 32, e Geraldo Rodrigues da Silva, 20, o cunhado Clemilton Barros Paixão, 20, e o amigo Paulo Weverton
Abreu da Costa, 23.
Albuquerque assegura que a diligência foi um trabalho preliminar, já que os dois suspeitos, que já são monitorados por tornozeleiras eletrônicas, apresentavam algumas divergências em relação à presença deles no local e na data do crime. Disseram ter ido comprar drogas e que ficaram 30 minutos, apesar de terem sido expulsos pelos moradores.
Para a polícia não resta dúvida de que todos foram executados.
O objetivo é chegar à autoria, motivação do crime e localizar os corpos. As vítimas foram colocadas em 3 veículos ocupados por um grupo armado. O sequestro ocorreu na quitinete em que Tiago e Paulo residiam, no bairro Jardim Renascer.
Na data dos fatos, Geraldo e o cunhado Clemilton moravam em outra quitinete no bairro, com a esposa de Clemilton, irmã de Geraldo, e estavam ali em visita. As vítimas não possuíam antecedentes criminais, mas eram usuárias de entorpecentes.
Logo após o sequestro, familiares das vítimas se mobilizaram pelas redes sociais e procuraram a polícia, denunciando o fato. Mas com a repercussão, familiares que moravam no mesmo bairro perceberam que os veículos com as mesmas características dos que teriam levado os 4 passavam insistentemente diante das moradias.
Hoje toda a família retornou para o Nordeste. A irmã de dois deles diz que os pais idosos estão inconformados e doentes. Querem que a polícia chegue aos assassinos. Outro desejo é o de sepultar os corpos dignamente.
Fonte: Gazeta Digital