Durante cumprimento do mandado de busca e apreensão da Operação Lobos 2, na manhã desta sexta-feira (2), em Colniza (1.065 km ao Nordeste de Cuiabá), a Polícia Federal encontrou na casa do investigado várias roupas de crianças e peças de cenário de festa infantil com personagens de desenhos.
De acordo com a assessoria da PF, não tinha ninguém em casa durante o cumprimento do mandato. Mas, mesmo vazia, o fato não impediu de que os agentes cumprissem o mandado. Lá dentro, diversas peças de roupa de criança, bem como um roupeiro, cama e um colchão.
CD’s também foram localizados, mas o conteúdo ainda não foi divulgado. Cenários de festas estavam espalhados pelos cômodos, com personagens de desenhos infantis, como Galinha Pintadinha, Ben 10, Moranguinho, Homem-Aranha e outros.
A operação tem como objetivo desarticular um grupo criminoso que usa a darkweb para difundir material de abuso infantil no Brasil e em diversos países do mundo.
Além de Colniza, em Cuiabá, a PF também fez buscas em uma casa e prendeu um rapaz de 20 anos em flagrante por encontrar pornografia infantil armazenada.
Operação Lobos
Iniciando no ano de 2016, a Polícia Federal estabeleceu parcerias com forças policiais de diversos países, com o objetivo de identificar indivíduos que se utilizavam da darkweb para difundir material de abuso sexual infantil.
Os criminosos atuavam mediante divisão de tarefas (arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens, dentre outros) com a finalidade de produzir e realizar a difusão de imagens, fotos e comentários acerca de abuso sexual de crianças e adolescentes e, ainda, alimentar a demanda por esse tipo de material.
A união internacional de esforços permitiu a identificação de um indivíduo brasileiro que utilizava a deepweb para hospedar e gerenciar 5 (cinco) dos maiores sites de abuso sexual infantil de toda a rede mundial de computadores. Os sítios e fóruns da darkweb eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de 0 a 5 anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas.
Os sites eram utilizados por mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) usuários, em todo o mundo, para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes, dando a dimensão da necessidade do enfrentamento aos principais fomentadores deste tipo de conduta delituosa. (Gazeta Digital/Com assessoria de imprensa)