Polêmica: Mulher trans ‘ensina’ crianças em escola de VG que ‘menino pode se identificar como menina’

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Uma palestra ministrada na Escola Municipal de Educação Básica Mercedes de Paula Sôda, localizada no bairro Jardim Paula 1, em Várzea Grande, que abordava a homossexualidade, tem sido duramente criticada nas redes sociais e deverá ser denunciada ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), pois estaria ‘doutrinando’ crianças. Em vídeo que circula nas redes sociais, a palestrante, que se apresenta como uma mulher trans, fala que “meninos podem se identificar como meninas”. As informações são do site Repórter MT. Confira:

Nas imagens, é possível ver as crianças em uma fila de pé ouvindo as falas da palestrante. Veja o vídeo aqui

A mulher – ainda não identificada – começa sua fala explicando sobre preconceito com pessoas trans. “Eu quando nasci, nasci no sexo masculino e todo mundo já sabe né? Porém, quando eu cresci, eu fui percebendo que não me identificava como menino. Eu gostava das coisas de menina. E aí se as pessoas não aprenderem a respeitar, pessoas como eu vão passar a sofrer, ficar doentes, algumas pessoas na rua vão julgar, vão xingar, como se houvesse direito de fazer isso e não há direito”, disse.

“Seria certo eu entrar no terreiro porque eu sou evangélica ou católica jogar pedra e quebrar tudo? Então por que, se eu sou menino, vou lá jogar pedra e apontar o dedo pra uma pessoa que não se identifica como menino? Então, é preconceito. Se o menino gosta de outro menino, se a menina gosta de outra menina, isso importa a quem? Só a eles mesmos. Agora, se eu não tenho interesse, por que vou me importar? Então vamos aprender que as pessoas são diferentes. […] Hoje sou uma mulher trans, isso está lá no meu documento, não importa se você aceita ou não, você tem que respeitar”, emendou.

Por meio de seu perfil no Instagram, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou que vai acionar o Ministério Público do Estado (MPE). Para ele, a palestra nada mais é do que uma ‘doutrinação’.

“Já estamos protocolando uma denúncia no Ministério Público Estadual e um pedido de providências para Secretaria de Educação. Em Mato Grosso não iremos permitir que doutrinação em escolas fiquem impune”, escreveu em publicação.

A reportagem entrou em contato com a escola, mas as chamadas não foram atendidas. Também contatou a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação, que enviou a seguinte nota:

As Secretarias de Comunicação Social; Educação, Cultura, Esporte e Lazer; Governo; Administração e Procuradoria Municipal em atenção ao pedido de esclarecimento deste conceituado órgão de imprensa informa:

• A Prefeitura de Várzea Grande não pratica ideologia de gênero em nenhuma de suas Secretarias ou Órgãos Municipais e refuta toda e qualquer manifestação, venha ela de pessoas ou segmentos;
• ⁠⁠Fato isolado ocorrido durante acolhimento de alunos na Escola Mercedes de Paula Soda, localizado no Jardim Paula I, com manifestação de um profissional da área de Educação, não traduz a opinião e o conceito da Administração Municipal e da política educacional que é contra qualquer tipo de discriminação de raça, cor, credo ou qualquer manifestação pública;
• ⁠O papel da Educação Municipal é o de ensinar, educar e demonstrar a importância da ética para toda e qualquer missão que as pessoas assumam em suas vidas.
Os Órgãos Municipais informam ainda que a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer vai promover o devido esclarecimento dos fatos, que teriam sido motivados pelo tratamento discriminatório contra o profissional da Educação e contra alguns alunos.
A politização em ano eleitoral visando caminhos transversos acaba provocando discussões desnecessárias como a atual, que em nada contribui para a educação ou para a formação de homens e mulheres, mas o Poder Público Municipal é vigilante e não irá permitir que transformem fatos isolados em crises políticas deflagradas por conceitos de Direita ou de Esquerda. Lembra ainda que o uso indiscriminado e até mesmo incriminador das mídias sociais é que provocam outras discussões desnecessárias. As postagens e seus textos nas mídias sociais parecem mais discriminadoras do que a própria fala do profissional de educação.

Fonte: Repórter MT