Polêmica: Associações indígenas fazem manifesto contra Luciano Huck (vídeo)

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Reprodução/ Instagram

A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a Articulação dos povos indígenas do Brasil (Apib) e a União das Mulheres indígenas da Amazônia (Umiab Amazônia) criticaram o apresentador Luciano Huck por pedir para indígenas do território do Xingu, em Querência (716 km de Cuiabá), guardarem o celular para fazer foto. Luciano também pediu que indígenas sem roupas tradicionais não saíssem na foto. O episódio foi registrado em agosto, durante gravação do ritual Kuarup e voltou a repercutir nas redes sociais.

As entidades manifestaram que os povos indígenas não existem apenas para “fotos bonitas” e que não devem ser reduzidos a “peças de museu para atender expectativas externas”.

“Que esse episódio sirva como reflexão e conscientização para toda a sociedade a respeito da diversidade cultural e do direito dos povos indígenas à autodeterminação. Com ou sem celular na mão”, diz trecho da nota que já recebeu mais de 142,7 mil curtidas no Instagram.

Segundo Luciano, a presença de celulares poderia interferir na percepção da cultura indígena nas imagens. As associações discordaram. De acordo com as entidades, o apresentador reforça uma “visão equivocada e perigosa”.

“O acesso à tecnologia deve ser um direito garantido a todos os cidadãos brasileiros. Possuir um celular não torna um parente menos indígena”, afirmara.

LUCIANO NEGOU LIMITAÇÕES CULTURAIS

Após a repercussão, Huck divulgou comunicado em que negou qualquer intenção de impor limitações culturais. Segundo ele, a orientação foi apenas uma decisão de direção de arte no contexto de uma gravação. O apresentador destacou ainda sua relação de longa data com comunidades indígenas e reafirmou apoio à preservação das tradições e autonomia dos povos originários.

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(HNT)