PM que executou mulher se entrega, diz estar arrependido e chora em depoimento

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O soldado da Polícia Militar Ricker Maximiano de Moraes, que executou a esposa Gabriele de Souza, nesta tarde de domingo, 25 de maio, em Cuiabá, foi ouvido em depoimento na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), durante a madrugada desta segunda-feira e afirmou estar arrependido de ter cometido o crime. O soldado, no entanto, não revelou por qual motivo cometeu o crime.

Conforme informações obtidas pela reportagem do Estadão Mato Grosso, em entrevista com a defesa de Ricker, presidida pelos advogados Rodrigo Pouso Miranda e Rodrigo Rabelo Neri, o policial permaneceu em silêncio em relação aos detalhes do crime, afirmando apenas que estava arrependido enquanto chorava.

O depoimento, segundo a defesa, durou menos de dois minutos e logo após o flagrante ter sido lavrado, Ricker foi levado para ficar custodiado no Batalhão das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam).

Ricker se apresentou na DHPP de forma espontânea junto da defesa horas após o crime que chocou o estado. Após matar Gabrielle, o policial fugiu da cena do crime, levando a filha e a arma usada para tirar a vida da mulher.

O armamento e a filha foram entregues ao pai de Ricker e quando as equipes da DHPP foram pegar a arma, descobriram que o armamento já havia sido levado.

A interferência da Polícia Militar nesse caso foi duramente criticada pelo delegado Edson Pick, afirmando que isso atrapalha a investigação.

“Aqui a gente veio fazer a apreensão da arma do crime, que ele tinha deixado na casa do pai dele, aqui é a casa do pai dele e a Polícia Militar veio aqui e retirou a arma da onde ele tinha deixado. Então, mais uma vez, a Polícia Militar veio mexer numa cena de crime […] atrapalha demais a investigação”, afirmou o delegado à imprensa.